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Sindicato dos professores repudia homenagem a Silas Malafaia na AL-BA

Política

Sindicato dos professores repudia homenagem a Silas Malafaia na AL-BA

Para a APLB (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia), a proposta é, “no mínimo, arbitrária e agressiva”

Sindicato dos professores repudia homenagem a Silas Malafaia na AL-BA

Foto: Isac Nóbrega/PR

Por: Metro1 no dia 24 de setembro de 2024 às 13:16

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia é mais uma das entidades a emitir um posicionamento de repúdio à homenagem da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) ao pastor Silas Malafaia. Na semana passada, foi publicado no Diário Oficial do Legislativo que o líder religioso receberia a Comenda Dois de Julho, mais alta honraria da Casa, em sessão ainda a ser agendada. 

“Dar honra a Silas Malafaia é manchar nossa história e desmerecer a luta do povo baiano por justiça e igualdade. É preciso que nossos parlamentares, especialmente os do campo progressista, se manifestem, no sentido de barrar esta homenagem, pois assim como afronta ao povo da Bahia, aos nordestinos e às comunidades que tanto lutam contra o preconceito e são vítimas frequentes de ataques deste senhor”, disse o comunicado de repúdio da ABLP. 

A homenagem é fruto de um projeto de resolução de autoria do Samuel Júnior (Republicanos) e foi aprovado em plenário pelos parlamentares no último dia 16 de agosto por ampla maioria, com apenas dois votos contrários: do deputado Hilton Coelho (Psol) e da deputada Fabíola Mansur (PSB). O texto cita, como justificativa para a condecoração, o trabalho do líder religioso na defesa da heteronormatividade, conceito que prega a ideia de que apenas relacionamentos entre pessoas de sexos opostos são considerados normais.

Para a APLB, a proposta é, “no mínimo, arbitrária e agressiva” e as demais justificativas utilizadas não se sustentam, pois a prática do líder religioso “é manipular a religião, atacar minorias, estimular o ódio e o preconceito em seus discursos”. “Malafaia marginaliza outras orientações sexuais e identidades de gênero, reforçando a discriminação contra pessoas LGBTQIAPN+. Suas ações são incompatíveis com os valores de liberdade e justiça que a Comenda Dois de Julho representa. Além disso, este cidadão tem sido alvo de diversas acusações que questionam a sua idoneidade”, pontuou o sindicato.