Política
Decisão do TCU sobre relógio de Lula não afeta caso das joias de Bolsonaro, aponta cúpula da PF
Na quarta-feira (7), o TCU decidiu que Lula pode permanecer com um relógio de ouro recebido pela fabricante francesa Cartier em 2005, durante seu primeiro mandato presidencial
Foto: Marcos Corrêa/PR
A Polícia Federal (PF) entende que a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre o relógio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não altera os supostos crimes cometidos por Jair Bolsonaro (PL) no caso da joias sauditas.
Na quarta-feira (7), o TCU decidiu que Lula pode permanecer com um relógio de ouro recebido pela fabricante francesa Cartier em 2005, durante seu primeiro mandato presidencial. De acordo com a reportagem da CNN, a principal diferença entre os casos, segundo integrantes da PF, é a tentativa de venda e recompra do itens recebidos por Bolsonaro. Essas mesmas fontes argumentam que a tese de um órgão de contas não deve prevalecer sobre o código penal.
A corrente vencedora do TCU avaliou que não há legislação que defina claramente o que deve ser feito com presentes de alto valor recebidos por chefes de Estado durante o exercício do cargo. No entanto, este entendimento pode, de fato, beneficiar Bolsonaro caso fique concluído que as joias recebidas eram itens personalíssimos. No mês passado, Bolsonaro foi indiciado pela PF por peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro. A defesa de Bolsonaro nega participação do ex-presidente em irregularidades.
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