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Após decisão do STF sobre porte de maconha, Lula diz que "Supremo não tem que se meter em tudo"

Política

Após decisão do STF sobre porte de maconha, Lula diz que "Supremo não tem que se meter em tudo"

O presidente disse que a discussão sobre como diferenciar usuários e traficantes deveria ser tratada no Congresso

Após decisão do STF sobre porte de maconha, Lula diz que "Supremo não tem que se meter em tudo"

Foto: Ricardo Stuckert / PR

Por: Metro1 no dia 26 de junho de 2024 às 14:29

Atualizado: no dia 26 de junho de 2024 às 15:19

Com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) para descriminalizar o porte de maconha para uso pessoal, com maioria de votos nesta terça-feira (25), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sustentou que a Corte deve ter autonomia para negar algumas discussões. 

“A Suprema Corte não tem que se meter em tudo. Ela precisa pegar as coisas mais sérias, sobretudo aquilo que diz respeito à Constituição, e virar senhora da situação”, afirmou Lula em entrevista ao UOL nesta quarta-feira (26).

“Mas não pode pegar qualquer coisa e ficar discutindo, porque aí começa a criar uma rivalidade que não é boa nem para a democracia, nem para a Suprema Corte, nem para o Congresso.”

Após a sessão que tratou do tema, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), instituiu uma comissão especial para discutir a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) das Drogas na Casa. A proposta, que é considerada uma resposta ao Supremo, inclui na Constituição a previsão de que será considerado crime “a posse e o porte, independentemente da quantidade, de entorpecentes e drogas afins”.

“A decisão da Suprema Corte, se ela tiver uma PEC no Congresso Nacional, a PEC tende a ser pior. Já tem uma lei, de 2006, que garante que o usuário não é preso. Isso já é lei. Era só a Suprema Corte dizer que ‘já existe uma lei, não precisa discutir isso aqui’”, destacou o presidente. 

Ainda na entrevista, Lula mencionou a discussão sobre como diferenciar usuários e traficantes e disse que a questão poderia ser tratada no Congresso. “Eu acho que é nobre que haja diferenciação entre o consumidor, o usuário, e o traficante. É necessário que a gente tenha uma decisão sobre isso. Não na Suprema Corte, pode ser no Congresso, para que a gente possa regular”, completou.