Após 123 Milhas anunciar cancelamento de passagens, ministro do Turismo divulga sanções

O ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil) declarou que o governo já estabeleceu uma série de sanções contra a 123 Milhas, após a empresa anunciar o cancelamento de passagens. A declaração foi feita pelo chefe da pasta, nesta segunda-feira (21), na Câmara dos Deputados. 

Sabino afirmou que o ministério retirou a 123 Milhas do Cadastro de Prestadores de Serviços Turísticos (Cadastur), sistema de cadastro de profissionais e empresas que atuam no setor de turismo, também responsável por possibilitar a liberação de empréstimos e financiamentos através de bancos com linhas de crédito ligadas ao governo federal.

Além disso, o ministro disse que, diante da situação gerada pela 123 Milhas, a pasta vai analisar o modelo de negócios da empresa e o de instituições similares, para apurar "até onde são eficientes e seguros aos consumidores". Sabino também confirmou que a agência deverá realizar a devida devolução do dinheiro aos clientes que foram afetados pela suspensão das passagens.

"A primeira medida é buscar que eles [os consumidores] possam ser atendidos por outras companhias, e a segunda é garantir que, se porventura os contratos não puderem ser cumpridos, os recursos empreendidos pelos cidadãos retornem aos seus bolsos".

Relembre o caso

A suspensão dos pacotes promocionais foi anunciada pela agência de viagens na última sexta-feira (18). As passagens em questão eram ligadas a embarques que estavam previstos para acontecer entre os meses de setembro e dezembro deste ano.

Em nota, a 123 Milhas se comprometeu em devolver o valor pago pelos clientes através de vouchers com o mesmo preço da compra, com correção monetária. No entanto, após o comunicado ser emitido pela empresa, clientes afirmaram que foram oferecidos cupons parcelados no valor da compra e que os vouchers só podem ser utilizados uma vez a cada compra, o que não corresponde aos gastos originalmente feitos pelos clientes.