Sob protestos, Câmara de Salvador aprova reajuste de 8% para professores

A Câmara de Salvador aprovou, nesta segunda-feira (12), o Projeto de Lei 142/2023, que concede reajuste de 8% aos servidores do magistério público ativos e dos proventos dos inativos e pensionistas. O PL é de autoria do Executivo e recebeu 8 emendas, sendo que 3 delas foram rejeitadas.

Uma das emendas aumentavam o reajuste para 20%, como aos professores pediam no plenário, o presidente da Câmara, Carlos Muniz (PSDB), minimizou a manifestação.

“Foi aprovado tudo aquilo que nós acordamos pela manhã com o secretário da Educação, Thiago Dantas, e com o secretário [de Gestão] Rodrigo Alves, até mesmo as emendas foram todas colocadas para o conhecimento deles [os docentes]. Em relação aos movimentos que são feitos pelos professores, são reivindicações comuns e eu acho que eles tem que fazer. Foi uma votação positiva tanto para nós vereadores como para a classe. Fizemos o máximo do que poderíamos cumprir”, afirmou Muniz, em conversa com a imprensa.

Para o líder da oposição, Kiki Bispo (União), o valor ofertado foi ainda melhor quando se compara com a proposta aprovada na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) aos servidores estaduais. “A votação foi satisfatória, até porque, olhando o cenário estadual, que foi de reajuste de 4%, tivemos um avanço”, disse, em entrevista ao Metro1.

Agenda da Câmara

Ainda essa semana, a previsão é de votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Essa regra fiscal precisa ser aprovada em plenário até 30 de junho, ou então, os edis não poderão entrar em recesso.

“A bancada de oposição está estudando a LDO para ampliar investimento em infraestrutura, encostas, moradias populares. Ainda temos preocupação sobre a pauta dos transportes e saúde, que não vimos estar tão detalhado no projeto e é sempre uma prioridade nossa. Mas ainda vamos nos debruçar e debater mais sobre a questão”, ponderou Augusto Vasconcelos (PCdoB), em entrevista ao Metro1.