Política
Classe média brasileira odeia políticas inclusivas, mas o PT precisa tratá-la melhor, diz psiquiatra Táki Cordás
Táki Cordás disse ainda ter "vergonha" de uma parcela grande da sua classe profissional ter apoiado o presidente Jair Bolsonaro (PL)
Foto: Reprodução/Radio Metrópole
O psiquiatra Táki Cordás criticou, nesta sexta-feira (11), a classe média brasileira e afirmou que esta parcela da sociedade "odeia" as políticas inclusivas adotadas durante os governos do Partido Trabalhadores. Táki ressaltou, entretanto, que o PT precisa tratar melhor esta parte da sociedade.
"Acho que o PT trata mal a classe média. Acho que o PT tem um discurso do proletariado. Tem sempre um idiota que acha que é um partido comunista. Vamos deixar esses tolos, mas o PT não cuida da classe média direito. A classe média está ressentida, acha que é um governo para LGBT+, negros. O PT deveria tratar esse temor da classe média, deveria ser chamada para discutir", afirmou o psiquiatra, em entrevista a Mário Kertész, na Rádio Metropole.
Para a Táki Cordás, a classe média brasileira "não gosta de pobre, é racista e homofóbica". "A classe média ainda tem muita raiva, o PT trabalhou mal, deveria ter feito uma meia culpa, mas a classe média odeia a coisa do Bolsa Família. Acham que Bolsa Família é assistencialismo, coisa de vagabundo. A classe média ainda odeia lembrar da tentativa de transformação das empregadas domésticas. A classe média odeia quando fala de políticas inclusivas", salientou.
Táki Cordas disse ainda ter "vergonha" de uma parcela grande da sua classe profissional ter apoiado o presidente Jair Bolsonaro (PL). "Me envergonha profundamente. Esse nosso último ministro da Saúde (Marcelo Queiroga), eu tenho vergonha de ser colega. Uma pessoa subserviente, sem competência técnica. É uma vergonha ter um médico como o que assumiu o Ministério da Saúde", criticou.
Confira a entrevista na íntegra:
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