Política
Roma tenta contornar mal-estar para não perder PTB e ficar sem coligação
O presidente do PTB na Bahia, Gean Prates, disse que Roma ligou para ele nesta quinta-feira (28) e dois marcaram de conversar nos próximos dias
Foto: Beatriz de Paula - Metropress
Pré-candidato a governador, o deputado federal João Roma (PL) tem tentado contornar o mal-estar que há hoje com o PTB para não ficar sem coligação. O PTB ameaça romper com o ex-ministro do presidente Jair Bolsonaro (PL) e lançar postulante próprio ao governo da Bahia, o que torna Roma um candidato de único partido.
Ao Metro1, o presidente do PTB na Bahia, Gean Prates disse que Roma ligou para ele nesta quinta-feira (28), e dois marcaram de conversar nos próximos dias.
“O apoio a Roma foi condicionado a única exigência no início que era ter a vice. Não nos interessava o Senado, suplência. Mas agora não temos interesse na vice, a não ser que haja uma composição que nos seja favorável. Pelo quadro atual, não temos mais interesse. Quando falo em composição não é busca cargos, mas é questão ideológica, de posicionamento. Vamos definir até semana que vem se apoiamos Roma ou teremos candidatura própria e a chapa”, disse ele.
Um dos motivos da insatisfação do PTB com o PL, de João Roma, é cooptação de quadros do partido. “Eles (o PL) têm avançado sistematicamente no sentido de cooptar candidatos do PTB, que eram membros do partido e foram cooptados. Esse tipo de conduta desautoriza qualquer posicionamento de apoio. Aí vem gente do PL dizendo que não queremos unir a direita. É falácia. Eles estão querendo buscar uma hegemonia da direita na Bahia”, reclamou o presidente do partido.
Gean Prates ressaltou que, mesmo que o PTB não coligue com Roma, o partido irá apoiar a reeleição de Bolsonaro. “Estamos sim com o governo Bolsonaro, mas não significa que temos que estar junto com o PL”, frisou.
Roma tem a candidatura mais enxuta de um pré-candidato ao governo da Bahia apoiado pelo presidente desde a redemocratização do país, em 1985. Em 2006, quando teve sua primeira vitória, Wagner montou a coligação mais forte, também sustentada por Lula, com nove siglas. Na eleição de 1990, o presidente Fernando Collor apoiou Antonio Carlos Magalhães, que teve uma aliança com seis partidos.
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