Política
“A quem interessa me ver fora da relatoria?”, questiona Tum sobre CPI da Coelba
Composição do colegiado já começou a ser definida por líderes da oposição e do governo
Foto: Divulgação/Alba
O deputado estadual Tum (PSC), autor do requerimento que criou a CPI da Coelba, diz ser grande a expectativa de que vá ocupar a relatoria do colegiado na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).
“Tenho me preparado para essa missão há meses. Etudei a fundo a situação da empresa, as deficiências. Contratei, com recursos próprios, uma assessoria para tratar do tema. Então me considero pronto para essa tarefa, sobre a qual os baianos depositam muita expectativa, sem dúvidas”, afirma o parlamentar.
Tum diz que a investigação parlamentar será a oportunidade de esmiuçar a atuação da concessionário de energia e apontar soluções. “Precisamos otimizar tempo e recursos, então, a quem interessa manter longe da investigação o deputado que mais possui informações e conhecimento sobre a investigada?”, questiona.
Prevista para ser instalada ainda nesta semana, a CPI da Coelba terá oito integrantes indicados pelas lideranças partidárias. Em entrevista à Rádio Metropole, o líder da oposição, Sandro Régis (DEM), confirmou que os representantes do bloco no colegiado serão Tiago Correia (PSDB), Carlos Geilson (PSDB) e Luciano Simões (DEM).
Antes mesmo do aval jurídico para instalação da comissão, Tum vinha defendendo a necessidade de uama mesa diretora apartidária, "municiada de informações" e resistente às pressões externas para, assim, assegurar a instalação da CPI.
“Chegamos aqui com o apoio majoritário dos colegas parlamentares, da população, da imprensa, que acompanhou de perto essa iniciativa, da presidência e da Procuradoria-geral da Alba, a quem também agradeço o empenho por essa pauta”, afirmou.
A CPI da Coelba obteve parecer favorável da Procuradoria-Geral da Alba na quinta-feira. A concessionária diz ter recebido a decisão com "surpresa", "serenidade" e "respeito".
O caso é tema de reportagem de capa do Jornal da Metrópole. A publicação mostra que, apesar do lucro nas cifras dos bilhões e monopólio no fornecimento de energia, a Coelba tem um histórico de apagões frequentes e lidera queixas no Procon.
Protocolada com o apoio de 39 parlamentares (18 a mais que o mínimo necessário), a CPI poderá funcionar por até 180 dias e será composta por oito membros, dentre os quais cinco titulares e três suplentes.
Apresentado no início do mês, o requerimento de Tum enfrentou resistência da Coelba, que tentou desmobilizar deputados e esvaziar a investigação.
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