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Bruno Reis faz nova leva de nomeações para acomodar aliados na prefeitura
Além de Leo Kret do Brasil, prefeito nomeia ex-vereador e candidatos derrotados em 2024 e promove dança de cadeiras em secretarias
Foto: Danilo Puridade/Metropress
Após empregar a dançarina e ex-vereadora Leo Kret do Brasil como diretora geral da Secretaria Municipal de Reparação (Semur), noticiada pela imprensa neste fim de semana, o prefeito Bruno Reis (União Brasil) promoveu uma nova leva de nomeações para acomodar aliados em cargos de segundo e terceiro escalões do Palácio Thomé de Souza. É o caso do ex-vereador Toinho Carolino (DC). Derrotado na sucessão de 2024 com 6.323 votos e aliadíssimo do prefeito, Carolino arrumou uma boquinha como assessor especial da Secretaria de Governo (Segov), comandada pelo ex-deputado federal Cacá Leão (PP), com salário bruto de aproximadamente R$ 15 mil.
Cota liberal
Outro nome na lista de recém-nomeados por Bruno Reis é o militar aposentado Danilo José Maciel Barros, o Tenente Maciel, que concorreu à Câmara de Vereadores de Lauro de Freitas pelo PL em 2024, mas obteve apenas 138 votos. Agora, Maciel também será assessor especial de Cacá Leão na Segov. Segundo apurou a Metropolítica, o cargo faz parte da cota de indicações da Direção Estadual do PL, presidida pelo ex-ministro da Cidadania e ex-deputado João Roma. A remuneração, no entanto, é um grau a menos que a de Toinho Carolino e cerca de 50% do valor. Ou seja, R$ 7,8 mil.
Troca-troca
Na mesma leva, o prefeito fez uma dança de cadeiras entre dois quadros que já ocupavam cargos no Thomé de Souza. O primeiro foi Paulo Emmanuel Alves. Ex-superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) na Bahia durante o governo Jair Bolsonaro (PL), ele era o número dois da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop) e foi nomeado para a mesma função de subsecretário na pasta de Reparação, mantendo os vencimentos de quase R$ 20 mil mensais. Antes de conquistar espaço na prefeitura, Alves ficou conhecido quando chefiava o Incra por favorecer fazendeiros em conflitos de terras ocupadas pelo MST no Extremo-Sul baiano.
Degrau a menos
O segundo nome é o de Jairo Carvalho, ex-chefe do Cerimonial da prefeitura durante os oito anos da gestão de ACM Neto (União Brasil). Substituído por Paulo Emmanuel Alves no cargo de subsecretário da Semur, Carvalho foi transferido para o posto de ouvidor setorial no mesmo órgão. Com isso, o salário cairá de R$ 20 mil para R$ R$ 7,8 mil. Já a vaga de Alves na Semop ficou para o advogado Antonio Cesar Gaspar Nonato, indicado ao posto pelo Republicanos, que controla todos os principais cargos na pasta de Ordem Pública, inclusive o secretário, o vereador licenciado Luiz Carlos.
Pequi entalado
As manifestações de irritação de Bruno Reis durante o lançamento da pré-candidatura presidencial do governador goiano Ronaldo Caiado (União Brasil), realizada sexta-feira passada (04) no Centro de Convenções de Salvador, foram atribuídas por aliados do prefeito a interferências da equipe de Caiado na organização do evento. A fúria, de acordo com interlocutores de Bruno, se deu pelo conjunto da obra a cargo dos cerimonialistas e assessores do governo de Goiás. O que incluiu lotar o palco reservado às autoridades com mais de 50 pessoas, barrar profissionais da imprensa e tomar para si tarefas que já estavam delegadas a auxiliares do prefeito e do partido.
Pano de fundo
"Foi por isso que ele acabou tirando o microfone das mãos da locutora do evento (a jornalista e apresentadora Milena Barreto). O aborrecimento não teve nada a ver com ela, mas com a desorganização provocada pelos assessores de Caiado", minimizou um membro do secretariado de Bruno Reis, que após as repercussões negativas geradas pelo episódio gravou um vídeo no qual pede desculpas à profissional.
Pisca-alerta
Integrantes da bancada baiana no Congresso Nacional acham que a polêmica compra do Banco Master pelo Banco Regional de Brasília (BRB) corre sérios riscos de naufragar no BC, diante da visibilidade dada pela imprensa de todo o país às suspeitas que rondam a transação. A tese é de que o negócio, classificado por executivos do mercado financeiro como uma tentativa de evitar a quebra do Master, pode respingar no governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela possibilidade de que a conta caia nas costas de clientes e investidores.
Meu, seu, nosso bolso...
Isso porque a fatura por um eventual desastre na aquisição do Master seria bancada pelo chamado Fundo Garantidor de Crédito (FGC), criado pelos bancos para cobrir prejuízos de clientes sobre investimentos limitados em R$ 250 mil. Acontece que são as taxas cobradas da clientela que irrigam o FGC. Parlamentares da Bahia com acesso livre ao andar de cima do Palácio do Planalto afirmaram à coluna que a equipe econômica do presidente Lula enxergou semelhanças entre o acordo do BRB com o banco dirigido pelo empresário Daniel Volcaro à ofensiva do governo FHC para tentar minimizar os danos causados pelas quebras do Econômico, Bamerindus e Nacional em 1995, materializada por meio do Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional (Proer). À época, o BC injetou recursos públicos para facilitar a aquisição ou fusão de bancos em dificuldades.
Adeus, casório!
A nova presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), Ivana Bastos (PSD), está de relações cortadas com um dos seus principais parceiros na corrida eleitoral de 2022. Trata-se do deputado federal Charles Fernandes, também do PSD, com quem a parlamentar fechou dobradinha em Guanambi, reduto político de ambos. Interlocutores próximos a Ivana fazem mistério sobre os motivos que levaram ao rompimento. Dizem apenas que Fernandes vacilou com a deputada. Resta saber quem perderá com o fim da dupla, já que a cidade deu 26,8 mil e 21,7 mil votos, respectivamente, a Fernandes e a Ivana na última disputa por vagas na Câmara e na Alba.
Vale o quanto pesa
Cardeais do PSDB na Bahia garantem que o Republicanos passou à frente do PSD na corrida para incorporar os tucanos. Até então favorito a se unir ao PSDB, o PSD perdeu gás por causa do crescimento de poder da sigla ligada à Igreja Universal após a eleição do deputado federal paraibano Hugo Mota (Republicanos) assumir a presidência da Câmara Federal.
Juntos e misturados
Embora controversa, a proposta do deputado federal Capitão Alden (PL-BA) de acabar com a separação de presos por facções do tráfico ou organizações criminosas nas penitenciárias e presídios brasileiros, fruto de projeto de lei protocolado por ele sexta-feira passada na Mesa Diretora da Câmara, encontra respaldo em pelos menos duas instâncias de controle externo. É que no alto clero dos conselhos nacionais da Justiça (CNJ) e do Ministério Público (CNMP) há uma parcela de integrantes simpáticos à ideia de acabar com a segregação de presos de diferentes gangues, sob o argumento de que, em vez de banho de sangue, as facções ficariam enfraquecidas com todas elas dividindo um só espaço.
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