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Polêmica dos leilões: prefeitura abre nova rodada com 30 terrenos e áreas verdes em Salvador

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Por Jairo Costa Júnior

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Polêmica dos leilões: prefeitura abre nova rodada com 30 terrenos e áreas verdes em Salvador

O de maior valor tem lance inicial de R$ 19 milhões e está situado no canteiro central da orla de Patamares, ao lado do Circo Picolino, no trecho que passa atualmente por obras de requalificação

Polêmica dos leilões: prefeitura abre nova rodada com 30 terrenos e áreas verdes em Salvador

Foto: Danilo Puridade/Metropress

Por: Jairo Costa Jr. no dia 14 de fevereiro de 2025 às 18:07

A prefeitura de Salvador abriu no fim de janeiro uma nova rodada de leilões de terrenos e áreas verdes de propriedade do Município que tiveram a venda autorizada pela Câmara de Vereadores. No total, a Secretaria da Fazenda (Sefaz) disponibilizou para alienação 30 imóveis localizados nos mais diversos bairros da capital. O mais caro deles, com lance inicial de R$ 19,1 milhões, é um terreno de 17,5 mil metros quadrados localizado no canteiro central da Avenida Otávio Mangabeira, em Patamares, ao lado do Circo Picolino. Trata-se justamente do cobiçado trecho da orla entre Pituaçu e Jaguaribe que passa hoje por obras de requalificação.

Filé da cidade
A lista inclui ainda pelo menos outros sete terrenos de alto valor. Entre os quais, uma área verde de 7,6 mil metros quadrados no fim da Avenida Paulo VI, Itaigara, onde funcionou há anos um centro de acolhimento a crianças e adolescentes. Nesse caso, o lance inicial foi de R$ 18 milhões. Em escala de valores, a prefeitura pôs em leilão um terreno de quase 9 mil metros quadrados na orla de Itapuã, por R$ 13 milhões.   

Dupla de milhões
Na mesma leva, a Sefaz liberou os leilões de um terreno de 3 mil metros quadrados na Avenida Orlando Gomes, em Piatã, a partir de R$ 5,89 milhões, e de uma área de encosta com 3.160 metros quadrados situada na Rua Cândido Portinari, próximo à orla da Barra, entre o Cristo e o Clube Espanhol, avaliado inicialmente em R$ 4,94 milhões. 

Terceiro pelotão
Na sequência, despontam dois terrenos: um de 6 mil metros quadrados na Rua Assis Valente, em Piatã, e outro de 2,6 mil metros quadrados na Alameda Stella Sol, Stella Maris, onde hoje funciona um estacionamento usado por clientes de estabelecimentos comerciais na região, com lances iniciais de R$ 3,66 milhões e R$ 3,2 milhões, respectivamente. 

Pra todo lado
Completa a lista dos oito terrenos mais valiosos na nova rodada de leilões da prefeitura uma área de 2,2 mil metros quadrados em Alphaville I, posto à venda por R$ R$ 2,9 milhões. Os demais imóveis estão localizados no Canela, Pituba, Brotas, Rio Vermelho, Mata Escura, São Rafael, Canabrava, Caminho das Árvores, Trobogy e Trobogy.

Lista de compras
Até o fim da tarde desta sexta-feira (14), só dois terrenos haviam sido arrematados, de acordo com informações já publicadas pela Sefaz no Diário Oficial do Município. O primeiro diz respeito a um imóvel de 337 metros quadrados, adquirido por R$ 206 mil. O segundo foi uma área arborizada de 706 metros quadrados localizada na Rua Conselheiro Pedro Luiz, Rio Vermelho, próximo ao Largo da Mariquita e ao lado de um posto de gasolina, comprado por R$ 1,78 milhão. Dessa vez, o arrematante foram os próprios donos da revenda de combustíveis.

Para relembrar
Desde o início do ano passado, o prefeito Bruno Reis (União Brasil) tem sido alvo de uma série de críticas por conta dos leilões de áreas verdes na capital, em um processo intensificado a partir da primeira gestão de ACM Neto, iniciada em 2013. A principal polêmica tem origem na tentativa de leiloar um terreno de quase 7 mil metros quadrados na encosta do Corredor da Vitória, às margens da Baía de Todos os Santos, cobiçado por investidores interessados em erguer um espigão de alto luxo no local.

Barrados no baile
Em março do ano passado, a Justiça Federal suspendeu o leilão do terreno da Vitória, a pedido do Conselho de Arquitetura e Urbanismo da Bahia (CAU), sob a justificativa de que se trata de Área de Proteção Permanente (APP) blindada pela legislação ambiental e pela Lei de Uso e Ocupação do Solo do Município. Simultaneamente, o CAU conseguiu barrar também a venda de um terreno na encosta do Alto do Itaigara, entre o Parque da Cidade e o Hospital Teresa de Lisieux, na avenida ACM.