Vote na disputa pelo Prêmio PEBA para piores empresas da Bahia>>

Sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp

Home

/

Notícias

/

Metropolítica

/

Segundo turno em Camaçari coloca disputa pelo comando da Alba em modo de espera

Metropolítica

Por Jairo Costa Júnior

Notícias exclusivas sobre política e os bastidores do poder

Segundo turno em Camaçari coloca disputa pelo comando da Alba em modo de espera

Integrantes da base aliada e da oposição garantem que sucessão no Legislativo vai esquentar somente na primeira semana de novembro

Segundo turno em Camaçari coloca disputa pelo comando da Alba em modo de espera

Foto: Divulgação

Por: Jairo Costa Jr. no dia 17 de outubro de 2024 às 16:05

Líderes das bancadas governista e de oposição apostam que as articulações sobre a disputa pela presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) começarão para valer logo após o resultado do segundo turno em Camaçari, onde ocorre o último e mais duro duelo entre PT e União Brasil pelo poder no estado. Com os expoentes políticos dos dois lados da trincheira totalmente empenhados em eleger o petista Luiz Caetano ou o candidato do União Brasil, Flávio Matos, as discussões sobre a sucessão na Alba entraram em modo de espera. Reservadamente, deputados com postos de liderança afirmam que só a partir da primeira semana de novembro o assunto vai dominar a agenda de negociações internas na Casa. Especialmente, porque a eleição em Camaçari também é vista como termômetro no confronto de forças entre a base aliada e o bloco oposicionista na Assembleia.  

Menor dos males
À Metropolítica, parlamentares consultados garantem que, independente de quem ganhar impulso no páreo pelo controle da Alba, esse nome será do PSD. Inicialmente, a derrota maiúscula do presidente da Assembleia, Adolfo Menezes (PSD), para o grupo do deputado federal Elmar Nascimento (União Brasil) em Campo Formoso não foi vista como sinal de enfraquecimento dele na tentativa de emplacar o terceiro mandato consecutivo. Pode até ter reflexos sobre a eventual candidatura à reeleição em 2026, já que Campo Formoso é seu grande reduto de Menezes. 

Dose de especulol
Caso Menezes tenha a candidatura inviabilizada ou abra mão da disputa, a possibilidade de que a cota do PSD caia no colo da deputada Ivana Braga também é vista com reservas pelos líderes da Alba. Isso porque se tornou versão corrente no Legislativo estadual de que a presidência da Assembleia pode servir de prêmio de consolação para o senador Ângelo Coronel de uma provável perda de espaço na chapa majoritária do Palácio de Ondina para a próxima sucessão. Assim, acreditam, o cacique do PSD seria recompensado pelo governo Jerônimo Rodrigues com o apoio ao primogênito de Coronel, o deputado estadual Ângelo Filho, para presidente da Alba.     
 
Papo curto
Juristas baianos com trânsito livre nos gabinetes do poder em Brasília creditam a derrota dos preferidos do presidente Lula na montagem das recentes listas tríplices para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) à perda de capilaridade do Palácio do Planalto nas altas esferas do Judiciário. Foi  o caso dos promotores Roberto Gomes e Lívia Sant'Anna Vaz, considerados pelos pares dois dos mais qualificados quadros do Ministério Público da Bahia. Ambos contavam com a simpatia de Lula, sobretudo, por serem negros e terem ampla aceitação na fatia identitária da esquerda. Mas ficaram de fora da briga pela vaga destinada no STJ ao MP. 

Prova dos nove
O último revés entre os quadros prediletos do presidente para o STJ, dessa vez na vaga reservada aos juízes federais, foi a exclusão de Rogério Favreto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), anunciada pela Corte na última terça-feira (15). Favreto foi o magistrado que determinou a soltura de Lula em 2018, no âmbito da Lava Jato. A despeito do diálogo pessoal do presidente Lula com o Supremo Tribunal Federal (STF), avaliam as fontes do mundo jurídico, ficou evidente que há muitos ruídos na conversa do Planalto com o STJ.   

Presente de grego
O deputado estadual Eures Ribeiro (PSD), prefeito eleito de Bom Jesus da Lapa, não esconde o temor com os pepinos que vai encontrar quando reassumir o comando da cidade do oeste baiano. A aliados próximos, Eures adiantou que o município enfrenta graves dificuldades financeiras, com atraso de quatro meses no pagamento dos salários dos médicos, dez meses de dívidas com fornecedores e pendências com consignados bancários. Neste caso, os valores eram descontados dos salários dos servidores, mas não vinham sendo repassados aos bancos credores. 

Contos de Sucupira
Em tempo: o atual prefeito de Bom Jesus da Lapa, Fábio Nunes, foi eleito com apoio de Eures Ribeiro em 2020, mas depois rompeu com ele, migrou para o PT e se lançou contra o criador, que por sua vez derrotou a criatura. Um clássico da política no interior baiano!

Big brother animal
A prefeitura de Salvador abriu licitação para adquirir microchips e leitores digitais no âmbito do Programa de Controle Populacional de Cães e Gatos. A princípio, pode parecer bobagem, mas os números mostram o contrário. Apenas em  2023, o município castrou e microchipou 21.165 bichos. Este ano, passaram pelo mesmo procedimento quase 3.500. Além de ajudar a estancar a proliferação de animais de rua, os microchips inseridos nos animais permitem que os tutores localizem com precisão cães e gatos perdidos ou furtados.

Passagem de volta
Após deixar a Casa Civil para ajudar na campanha do deputado federal Waldenor Pereira (PT) a prefeito de Vitória da Conquista, o jornalista Ailton Vieira Júnior foi renomeado assessor especial de comunicação social do ministério. Servidor de carreira na Secom da prefeitura de Conquista, Vieira Júnior foi puxado para a Casa Civil de Lula em setembro de 2023 pelo chefe da pasta, Rui Costa, devido à experiência em gerenciamento de conteúdo digital e assessoramento de políticos.