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A pedido do Ministério Público, STJ autoriza nova etapa da Operação Faroeste
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Por Jairo Costa Júnior
Notícias exclusivas sobre política e os bastidores do poder
A pedido do Ministério Público, STJ autoriza nova etapa da Operação Faroeste
PF já monitora passos e vigia endereços de próximos alvos do cerco à venda sentenças no Judiciário baiano
Foto: Reprodução
A Procuradoria-Geral da República (PGR) recebeu autorização para deflagrar uma nova etapa da Faroeste, voltada a desmontar um esquema de grilagem de terras e venda de sentenças no Judiciário baiano. Informações obtidas pela coluna junto a integrantes da força-tarefa da operação dão conta de que o relator do caso no Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Og Fernandes, já expediu mandados de busca e apreensão contra acusados de integrar a organização criminosa acusada de corromper juízes, desembargadores e servidores públicos em troca de decisões favoráveis, mediante o pagamento de suborno.
Ponto de bala
De acordo com as mesmas fontes, Fernandes liberou também a Polícia Federal (PF) a realizar diligências decorrentes de etapas anteriores da investigação. Embora PF e PGR ainda não tenham definido a data em que entrarão em campo, o cerco está previsto para ocorrer em curtíssimo prazo e tem como alvos pelo menos três suspeitos de participar do esquema. Há cerca de dez dias, agentes federais iniciaram o levantamento de informações prévias para a nova fase e passaram a monitorar os passos de todos os investigados e endereços citados nos mandados emitidos pelo STJ.
Túnel do tempo
A última etapa do cerco à corrupção no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ) ocorreu em 30 de abril deste ano. Na ocasião, a PF deu início à Operação Mascavado, desdobramento da Faroeste que teve como alvo prioritário um suposto lobista do esquema. Trata-se de Anderson Campos Gama, apontado pelo Ministério Público Federal como operador de propinas para o desembargador aposentado Ivanilton Santos. Ele chegou a ser afastado do cargo em 2020, retornou em março de 2022 e pediu aposentadoria dois meses depois.
Ocaso sob rodas
Integrantes da tropa de choque da extrema-direita em Salvador não esconderam a frustração pelo baixo número de participantes da motociata organizada por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) no Farol da Barra, em plena celebração pelos 201 anos do 2 de Julho. O público contrastou significativamente com o de 2022, quando milhares de motociclistas tomaram conta da orla da cidade em apoio ao ex-presidente. O fiasco foi tão grande que o ato sequer apareceu nos perfis mantidos nas redes sociais por lideranças da proa do bolsonarismo na Bahia.
Troca de posições
Cardeais da oposição ao PT ficaram impressionados com a inversão de papéis entre o ex e o atual prefeito de Salvador durante o cortejo político da Festa da Independência realizada na terça-feira (02). Na sucessão de 2022, ACM Neto era a grande estrela do bloco encabeçado pelo União Brasil, mas foi relegado ao figurino de coadjuvante este ano, enquanto Bruno Reis concentrou quase todas as atenções do eleitorado leal ao carlismo. Sobretudo, os das gerações mais jovens, fatia na qual Neto nadava de braçadas.
Mensagem subliminar
Chamou a atenção de observadores atentos o slogan da camisa usada pela numerosa trupe da prefeitura durante o cortejo de Bruno Reis entre a Lapinha e o Terreiro de Jesus: 2 de Julho, povo independente. Com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na festa e a tentativa do União Brasil de dissociar a corrida pelo Palácio Thomé de Souza da polarização nacional entre petistas e bolsonaristas, acham com alguma dose de razão que uma coisa teve tudo a ver com a outra.
Borracha passada
Parlamentares da base aliada ao governo do estado e da bancada governista garantem que foi fechado um acordo para que o Conselho de Ética da Assembleia Legislativa (Alba) feche os olhos em relação à troca de ofensas e agressões registradas no último dia 18. Na ocasião, os deputados Leandro de Jesus e Diego Castro (PL) entraram em confronto com Olívia Santana (PCdoB) e Marcelino Galo (PT) no plenário da Casa, em meio a discordâncias relativas ao chamado PL do Estupro, que criminaliza o aborto por mulheres violentada sexualmente após 22 semanas de gestação. Recentemente, os dois membros do PL ingressaram no conselho contra Galo, que é vice-presidente do colegiado dominado pelos governistas.
Sobrenome é uma piada
Com o pacto para livrar Marcelino Galo de quaisquer punições, embora imagens gravadas do furdunço na Alba mostrem que o petista empurrou Leandro de Jesus, e a resistência em abrir processo de cassação contra o deputado Binho Galinha (PRD), acusado de chefiar uma milícia ligada ao jogo do bicho na região de Feira de Santana, o Conselho de Ética da Alba ganhou um apelido nos corredores do Legislativo estadual: "Granja Segura".
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