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Acordo de milionários para facilitar venda de área na Vitória é frustrado após Justiça barrar leilão
Metropolítica
Por Jairo Costa Júnior
Notícias exclusivas sobre política e os bastidores do poder
Acordo de milionários para facilitar venda de área na Vitória é frustrado após Justiça barrar leilão
Antes da suspensão, possibilidade antecipada pela coluna no último dia 9, investidores e moradores da Mansão Wildberger acertaram fim da guerra por terreno
Foto: Danilo Puridade/Metropresss
A decisão da Justiça que suspendeu na noite de quarta-feira (13) o leilão de uma área verde situada na encosta do Corredor da Vitória, possibilidade antecipada pela Metropolítica na edição do último dia 9, frustrou o acordo fechado recentemente entre moradores do luxuoso condomínio Mansão Wildberger e investidores interessados no polêmico negócio, cujo teor pavimentava o caminho para a venda do terreno na manhã de sexta-feira (15). Segundo apurou a coluna, o grupo que planeja construir um megaempreendimento imobiliário de alto padrão prometeu doar parte do terreno para o Wildberger, justamente o trecho por onde passa o teleférico do edifício, desde que o condomínio se comprometesse a não disputar o leilão, deixando a pista livre para que a OR, subsidiária da Novonor (leia-se Odebrecht), arrematasse a área.
Duelo de magnatas
Assim que a Câmara de Vereadores aprovou a desafetação do terreno, fruto de projeto de lei de autoria da prefeitura que liberou a venda de outras 39 áreas a partir de 20 de dezembro de 2023, os moradores do Wildberger criaram um fundo emergencial milionário no intuito de vencer o leilão. Ao mesmo tempo, usaram a influência que possuem junto a jornalistas e veículos da imprensa nacional para colocar o abacaxi na vitrine. A mobilização de gente com dinheiro de sobra para impor uma derrota à prefeitura era a maior fonte de preocupação entre os investidores que cobiçam o terreno. Agora, a Justiça virou a grande dor de cabeça para eles.
'Unidos do Playground'
Em conversas reservadas, moradores do Wildberger confirmaram o acordo formalizado em ata e revelaram que ele foi aprovado durante assembleia geral do condomínio por 35 votos a favor. Os únicos cinco votos contrários foram apresentados pelo representante legal de proprietários de apartamentos que pertencem a uma mesma família, todos insatisfeitos com os termos da negociação.
Vale a pena ver de novo
A movimentação de quarta-feira na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) comprova a precisão da conhecida máxima atribuída ao ex-governador mineiro Magalhães Pinto, cacique da antiga UDN na chamada Velha República: "Política é como nuvem. Você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou". Depois de patinar na tentativa de emplacar a PEC que permite a reeleição para o comando da Casa ainda nesta semana, a tropa de choque do presidente da Alba, Adolfo Menezes (PSD), articulou uma ofensiva que desanuviou o horizonte rumo à aprovação da proposta em curto prazo. Mais especificamente a promessa de incluir a PEC na ordem do dia.
Via esburacada
Parlamentares da bancada baiana em Brasília consideram muito difícil que o deputado baiano Leur Lomanto Jr. (União Brasil) seja bem-sucedido na cruzada para criar a CPI da ViaBahia na Câmara, por um detalhe simples: os trechos das BRs- 324 e 116 no estado sob gestão da concessionária foram concedidos em 2009 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no penúltimo ano de seu segundo governo. Com o petista de volta ao poder, avaliam, o Palácio do Planalto deve entrar de sola para frear a ofensiva de Leur Jr. na Casa. Acreditam ainda que a estratégia mais viável para forçar a ViaBahia a elevar qualidade dos serviços e cumprir os investimentos na infraestrutura das duas rodovias federais passa pela proposta de renegociação do contrato de concessão, em solução consensuada com a empresa.
Bala na agulha
No primeiro dia como novo presidente da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, o deputado federal Mário Negromonte Júnior (PP) mostrou força junto aos pares no colegiado. De uma só leva, o parlamentar da Bahia conseguiu aprovar na sessão de ontem requerimentos que fazem parte de sua agenda de prioridades à frente do cargo. Entre os quais, medidas para viabilizar a construção do Novo Hospital Regional de Paulo Afonso, cidade onde possui base eleitoral sólida; a retomada do Perse, programa de incentivos ao setor de eventos e entretenimento; e o enxugamento da alíquota de contribuição previdenciária dos municípios para 8%.
Puro veneno
Por causa do salseiro que tomou conta do União Brasil - com ameaças de morte, acusações mútuas e até suspeitas de incêndio criminoso na residência do presidente eleito do partido, Antonio Rueda, atribuído ao atual, o deputado Luciano Bivar (PE) -, rivais do bloco liderado pela sigla no estado vêm usando um trocadilho para apelidar a legenda surgida pela fusão do PSL com o DEM. No caso, "Desunião Brasil". Tudo a ver!
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