
Justiça
Moraes pede que defesa de Collor apresente atestados médicos em 48h
Advogados querem prisão domiciliar para ex-presidente, que desde sexta-feira está em presídio de Maceió

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, determinou nesta segunda-feira (28,) que a defesa do ex-presidente Fernando Collor apresente, em 48 horas, documentos que comprovem problemas de saúde e, com isso, seja avaliada uma eventual prisão domiciliar ao político, condenado no âmbito da Operação Lava Jato.
Em despacho, Moraes pede “inclusive prontuário e histórico médico, bem como os exames anteriormente realizados, no prazo de 48 horas”. Ele ainda decreta “sigilo em relação aos documentos médicos a serem juntados, em face da necessidade de preservação da intimidade” do ex-presidente.
A defesa de Collor havia pedido, logo após a prisão, na sexta-feira (25), a concessão de prisão domiciliar humanitária, alegando que o ex-presidente, de 75 anos, possui graves comorbidades, como Doença de Parkinson, apneia do sono grave e transtorno afetivo bipolar. Os advogados também solicitaram que o médico responsável pelo tratamento de Collor fosse ouvido por Moraes.
Collor está preso em um presídio de Maceió após transitar em julgado sua condenação a 8 anos e 10 meses de prisão pelo esquema de corrupção na empresa de combustíveis BR Distribuidora, atual Vibra Energia. O Supremo entendeu que o ex-presidente teria recebido R$ 20 milhões em propina entre 2010 e 2014. O motivo seria uma troca de apoio político e indicações para a direção da antiga estatal. A denúncia surgiu no âmbito da Lava Jato e foi relatada a partir da delação premiada de Ricardo Pessoa, ex-presidente da UTC.
📲 Clique aqui para fazer parte do novo canal da Metropole no WhatsApp.