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Feira movimenta, mas leva lixo e desordem a importante avenida de Salvador
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Feira movimenta, mas leva lixo e desordem a importante avenida de Salvador
Diante do cenário de caos, a Justiça determinou que a prefeitura apresente um plano de ordenamento para o comércio ambulante na região em até 180 dias
Foto: Metropress/Fernanda Meneses
Matéria publicada originalmente no Jornal Metropole em 29 de agosto de 2024
Quem de Salvador nunca ouviu falar da feira da Joana Angélica? Você não leu errado. É feira mesmo, a freira fica só na homenagem no nome da avenida mesmo. No dia a dia, é a feira, que de santa não tem nada, movimentando desordenando uma das principais vias do bairro de Nazaré. Morango, melancia, jaca e uma infinidade de frutas sobre as barracas amontoadas na calçada e avançando sobre a pista. Nem precisa chegar ao final do dia para que o cenário seja de caixotes espalhados, lixo, resto de alimentos, tudo atrapalhando o fluxo de carros e de pedestres.
A população, que encontra preços acessíveis, se divide quando chamada a opinar. Há quem defenda firmemente a saída do comércio da calçada, como um pedestre ouvido pelo Repórter Metropole: “isso é errado, aqui não é comércio, é uma rua. Comércio tem que ser organizado, não aqui no passeio”. Mas tem também aqueles que recorrem à fonte de renda para justificar: “só poderia ter um pouco mais de organização, porque a prefeitura limitou o espaço e agora eles estão tomando de volta. É um modo de sobrevivência e eu quando passo faço a feira”, disse uma transeunte.
Puro suco do caos
Há quase um ano, a Secretaria Municipal de Ordem Pública entregou 60 barracas na avenida para ordenar a via. A pasta chegou a definir os limites de espaço de cada feirante, mas o resultado não foi o esperado. Agora a Justiça interferiu, determinando que a prefeitura apresente um plano de ordenamento para o comércio ambulante na região em até 180 dias. A decisão atende a pedidos do Ministério Público, que solicita ainda a remoção de comerciantes informais das calçadas.
A freira heroína da Bahia não deve descansar tão cedo. A desordem é sim um problema para ela, mas a retirada de ambulantes que buscam o sustento tem grandes chances de ser mais outro. A solução não é tão simples, como na primeira intervenção, os ambulantes devem retornar ao local, afinal, não precisa ser o sábio dos negócios para saber que comerciante só fica onde tem movimento.
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