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O poeta da Liberdade: Castro Alves louvou o 2 de Julho em poemas enfáticos
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O poeta da Liberdade: Castro Alves louvou o 2 de Julho em poemas enfáticos
Série especial do Jornal Metropole segue contando histórias sobre o 2 de Julho. Marco histórico completa 200 anos em 2023
Foto: Sidney Falcão/Metropress
Reportagem publicada originalmente no Jornal Metropole em 25 de maio de 2023
Todos conhecem Castro Alves, o poeta dos escravos. Nem todos, porém, o associam às comemorações do 2 de Julho, que ele louvou em poemas enfáticos, sendo o mais importante aquela “Ode ao Dous de Julho” declamada no Teatro São José, em São Paulo, em junho de 1868, e que começa de forma cinematográfica:
Era no dous de julho. A pugna imensa
Travara-se nos cerros da Bahia…
O anjo da morte pálido cosia
Uma vasta mortalha em Pirajá.
"Neste lençol tão largo, tão extenso,
"Como um pedaço roto do infinito…
O mundo perguntava erguendo um grito:
"Qual dos gigantes morto rolará?!…"
O poema, recitado apenas 35 anos após a batalha real, foi recebido “entre delírio geral”, conforme testemunho do pernambucano Joaquim Nabuco. Além da beleza de imagens como: “Não! Não eram dois povos, que abalavam / Naquele instante o solo ensanguentado… / Era o porvir – em frente do passado, / A Liberdade – em frente à Escravidão, (...)”, há ainda uma possível nota biográfica inserida subliminarmente nos versos que dizem: “Eras tu que, com os dedos ensopados / No sangue dos avós mortos na guerra, / Livre sagravas a Colúmbia terra, / Sagravas livre a nova geração!”. Pois, de fato, o avô materno do poeta, Silva Castro, o Periquitão, teve participação importante na guerra, de seu exército fazendo parte inclusive a gloriosa Maria Quitéria.
Castro Alves louvou
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