Domingo, 02 de fevereiro de 2025

Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp

Home

/

Notícias

/

Jornal da Metropole

/

O sucessor de Lula? Novo cargo põe Rui na lista de apostas para sucessão presidencial em 2026

Jornal Metropole

O sucessor de Lula? Novo cargo põe Rui na lista de apostas para sucessão presidencial em 2026

Perto de ser ministro da Casa Civil, governador da Bahia ganha projeção nacionalmente com novo cargo

O sucessor de Lula? Novo cargo põe Rui na lista de apostas para sucessão presidencial em 2026

Foto: Ascom-Rui Costa

Por: Rodrigo Daniel Silva no dia 15 de dezembro de 2022 às 10:46

Reportagem publicada originalmente no Jornal da Metropole em 15 de dezembro de 2022

A 16 dias de ser nomeado para ocupar o cargo mais relevante nacionalmente na carreira política, o governador Rui Costa (PT) vai se tornar o primeiro baiano a comandar o Ministério da Casa Civil desde a redemocratização. O novo cargo, dizem no meio político, o projetará para quem sabe suceder o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) daqui a quatro anos. Afinal, foi da mesma pasta que saiu a sucessora de Lula em 2010: Dilma Rousseff.

Antes mesmo de ser eleito neste ano, Lula já indicou que não tentará mais um mandato. “Todo mundo sabe que não é possível um cidadão com 81 anos querer a reeleição. Todo mundo sabe. A natureza é implacável”, escreveu no Twitter. A posição do presidente eleito abre inevitavelmente uma discussão sobre possíveis sucessores dele e Rui, juntamente com o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), entra naturalmente na lista de cotados.

A Bahia nunca elegeu um presidente da República. É verdade, porém, que já teve baianos no comando da Presidência. Pouco lembrado é Manuel Vitorino, que assumiu interinamente no lugar de Prudente Morais, afastado por causa de uma enfermidade. Vitorino ficou uns quatro meses e seria lembrado por tentar dar um golpe para permanecer no cargo.

Interinamente também foram presidentes da República: o então presidente da Câmara dos Deputados na época, Luís Eduardo Magalhães, em 1995, e três anos depois, o seu pai, Antonio Carlos Magalhães, que presidia o Senado. Ambos do PFL (atualmente, União Brasil). 

Cauteloso, Rui evidentemente não irá se manifestar sobre a possibilidade de ser candidato à sucessão de Lula. Até porque, ainda está muito distante. O governador tem dito que sua prioridade neste momento como chefe do Ministério da Casa Civil será administrar os futuros projetos para o país. Criticado desde a época de secretário por ser pouco habilidoso nas articulações políticas, o petista baiano já avisou que não ficará responsável por essa função no novo posto. 

“É uma função de gestão, não farei articulação política. O presidente nomeará quem fará (a articulação)”, disse. “O desafio que o presidente (Lula) nos deu foi coordenar as ações prioritárias e o objetivo é materializar o programa de governo. O carro-chefe é a PEC (da Transição), que é o início do trabalho para alcançar o fim da fome”, acrescentou.

Segundo a imprensa nacional, Rui chega ao ministério com o apoio do seu padrinho político, o senador Jaques Wagner (PT). Os dois viveram um clima tenso no início do ano por causa das eleições. Wagner fez questão de frisar, após o anúncio, que o governador no Ministério da Casa Civil deixará o estado “muito bem representado”. A expectativa agora é de como será o desempenho de Rui no novo cargo.