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Gigante das profundezas: conheça o Peixe-lua

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Gigante das profundezas: conheça o Peixe-lua

Peixe-lua encontrado morto na Ilha do Faial, em Portugal, é considerado o peixe ósseo mais pesado do mundo, segundo pesquisadores

Gigante das profundezas: conheça o Peixe-lua

Foto: Reprodução/ ATLANTIC NATURALIST

Por: Fernanda Vilas Boas e Júlia Britto no dia 27 de outubro de 2022 às 11:26

Reportagem publicada originalmente no Jornal Metropole em 27 de outubro de 2022

Pescadores que circulavam pelo arquipélago dos Açores, em Portugal, foram surpreendidos ao encontrar um peixe à deriva perto da Ilha do Faial. O animal, que pesa mais de 2,700 kg, apareceu na ilha portuguesa no dia 9 de dezembro de 2021, tendo sido registrado por cientistas como o peixe ósseo mais pesado do mundo até o momento, em estudo publicado neste mês pelo Journal of Fish Biology. Trata-se do Peixe-lua (mola mola) ou sunfish, que se destaca por sua morfologia, que o difere dos demais peixes.

Em entrevista à CNN, um dos autores do estudo, Gomes-Pereira disse que a descoberta foi um “sinal de que os oceanos ainda estão saudáveis o suficiente para sustentar as espécies mais pesadas existentes”, mas faz um alerta para mais conservação em termos de poluição e tráfego de barcos perto de ilhas oceânicas.”

Considerado o vertebrado mais fértil do planeta, devido a fêmea ser a única capaz de produzir até 300 milhões de ovos por vez, o Peixe-lua, da família dos Molidae, é habitante dos mares tropicais e temperados. Apesar de viver em profundidades entre 30 e 70 metros, por vezes maiores de quase 500 metros, a espécie pode ser encontrada também, por vezes, na superfície dos oceanos, no período do verão.

Segundo o Diretor do Instituto de Biologia da UFBA, Francisco Kelmo, isso ocorre devido a uma estratégia alimentar que se chama “migração vertical”, onde buscam encontrar seu alimento, como o zooplâncton.

Atualmente o peixe está classificado como “vulnerável”, correndo elevado risco de extinção na natureza. O biólogo ainda alerta que “se não houver medidas concretas e efetivas de conservação da espécie, a mesma poderá ser extinta”