Editorial
MK critica remuneração dos médicos pelos planos de saúde: "Isto é um horror"
Direto de Madri, Mário Kertész falou sobre a experiência de retornar a Madri, após visitar a Itália e passar pelas cidades de Sardenha e Roma. Em participação durante o Jornal da Bahia No Ar desta quarta-feira (30), MK disse que se sente em casa na capital espanhola. "É uma das cidades do mundo que mais amo. Já vivi aqui, estudei aqui e tenho grandes amigos. Sempre que posso, passo algum tempo aqui e gosto muito. Me sinto como se estivesse em casa", destacou. [Leia mais...]
Foto: Tácio Moreira/ Metropress
Direto de Madri, Mário Kertész falou sobre a experiência de retornar a Madri, após visitar a Itália e passar pelas cidades de Sardenha e Roma. Em participação durante o Jornal da Bahia No Ar da Rádio Metrópole desta quarta-feira (30), MK disse que se sente em casa na capital espanhola. "É uma das cidades do mundo que mais amo. Já vivi aqui, estudei aqui e tenho grandes amigos. Sempre que posso, passo algum tempo aqui e gosto muito. Me sinto como se estivesse em casa", destacou, ressaltando a importância de contar com voos diretos para aumentar a oferta de turismo na Bahia. "A viagem está correndo muito bem, estamos nos divertindo muito, Silvânia e eu. Sábado estaremos chegando em Salvador, em um voo direto de Madri pela Air Europa. É uma grande vantagem, nós que viajamos muito às vezes temos que ficar pegando voos entre São Paulo e Rio de Janeiro, ficamos muito cansados, sempre a conexão é demorada e você não pode se atrasar. Eu me lembro que já peguei voo direto de Salvador para Nova York e para Paris e Bruxelas. Um dia volta, quem sabe", disse.
Governo do "vai e volta" e impopularidade de Temer
Mário Kertész também comentou assuntos envolvendo a mais nova polêmica envolvendo o governo do presidente Michel Temer: a recente extinção da Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca), na Floresta Amazônica entre o Pará e o Amapá. MK falou ainda sobre a ida do presidente à China, com a iniciativa de trazer recursos para o país. "Fico meio estarrecido com o governo federal enrolado, enrolado e enrolado. Vai para frente, volta para trás, vai para trás, volta para frente. Agora foi com a reserva amazônica, que abriu o espaço maior e depois volta atrás. Agora o presidente vai para a China atrás de recursos pela privatização. Essa privatização da Eletrobras, no dia que saiu, eu comentei. Você vê que não é uma coisa boa, é uma forma do governo pegar dinheiro para tentar diminuir o rombo criado por uma péssima administração. No começo, era "vamos diminuir ministérios, temos que apertar as coisas", mas eu vi que estavam afrouxando cada vez mais para poder conseguir segurar a maré contra o governo, onde a maioria da população é contra o governo. No começo, o presidente Temer dizia que Dilma não tinha condição de continuar no governo porque ela não tinha mais popularidade. E agora, cara-pálida?", questionou.
Ponte Salvador-Itaparica
MK comentou a missão internacional do governador Rui Costa, que passará pela Ucrânia e pela China para atrair investimentos para a construção de obras importantes para a Bahia. Após o compromisso na Ucrânia, onde assinou um termo de compromisso com a empresa Indar para que a Bahiafarma forneça insulina no Brasil e construa uma fábrica para produzir o medicamento na Bahia, Rui retorna à China para dar continuidade às negociações que estão destravando projetos importantes para o desenvolvimento do estado, a exemplo do Porto Sul e da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol). Para Mário Kertész, mesmo com a demora, o projeto pode representar coisas boas para a Bahia. "Eu desconfio que isso vai demorar um pouco mais e que não é tão fácil, mas enfim a gente tem que estar sempre aberto. Pode ser que seja um bom investimento, inclusive na hora da construção, com criação de empregos e investimento pesado dos chineses", declarou MK.
Remuneração dos médicos por parte dos planos de saúde
Repercutindo a entrevista do presidente da Associação Bahiana de Medicina (ABM), Robson Moura, no Jornal da Bahia no Ar desta quarta-feira (30), Mário Kertész reforçou a crítica sobre a remuneração paga aos médicos por parte dos planos de saúde. MK ressaltou que isso é um problema antigo e que não vem tratado com o devido cuidado pelos órgãos competentes. Para ele, a repercussão dos problemas deveria ser mais ampla em todo o país.
"Isto é um horror. Você sabe que os planos de saúde cada vez cobram mais caro e cada vez mais conseguem vantagem dos governos para aumentar os preços e diminuir o número de associados e não ter associado individual. Um ou outro plano de saúde só aceita o plano empresa e isso é uma coisa tão mal-resolvida. Não é de hoje e não é desse governo. Eu me lembro do meu amigo José Carlos Brito, que foi presidente da ABM e nós demos todo o apoio a ele, exatamente para que ele lutasse contra esses preços ridículos pagos pelos planos de saúde. Acontece que estoura um protesto aqui no Nordeste, não tem repercussão nacional e lá no RJ e SP repercutem mais. Não sei se lá eles estão mais satisfeitos ou têm outro tipo de arranjo. Acho lamentável que isso continue ocorrendo. Temos muito o que corrigir nesse Brasil. A única solução é trabalhar muito. Isso que proponho fazer sempre", afirmou.
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