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Prévia da inflação na Grande Salvador fica em 0,97% e chega a 12,26% em um ano

Economia

Prévia da inflação na Grande Salvador fica em 0,97% e chega a 12,26% em um ano

Vestuário, bebidas e alimentas pressionaram o índice na RMS

Prévia da inflação na Grande Salvador fica em 0,97% e chega a 12,26% em um ano

Foto: Marcello Casal Jr

Por: Metro1 no dia 27 de abril de 2022 às 17:04

Em abril, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), calculado pelo IBGE, ficou em 0,97% na Região Metropolitana de Salvador (RMS). O IPCA-15 funciona como uma prévia da inflação oficial do mês, refletindo os preços coletados entre 17 de março e 13 de abril.

O IPCA-15 da RMS foi o único, dentre as 11 áreas pesquisadas separadamente pelo IBGE, a mostrar desaceleração em abril, frente ao mês anterior. Ou seja, foi o único a aumentar menos do que em março, quando havia ficado em 1,06%. Foi maior do que os registrados em abril de 2021 (0,58%) e 2020 (0,09%), mas ficou abaixo do índice de abril de 2019 (1,06%).

Também foi bem menor do que indicador nacional (1,73%, o mais elevado para um mês de abril desde 1995) e o mais baixo entre os locais investigados.

Com o resultado de abril, o IPCA-15 acumula alta de 4,09% no ano de 2022, na RMS.  Já no acumulado nos 12 meses encerrados em abril, o IPCA-15 da RM Salvador seguiu acelerando e chegou a 12,26%. Continua acima do nacional (12,03%) e é o 4º mais elevado, dentre os locais pesquisados.

Pressão no índice - O IPCA-15 de abril na Região Metropolitana de Salvador (0,97%) foi resultado de aumentos nos preços médios de oito dos nove grupos de produtos e serviços que formam o índice. Nenhum grupo teve deflação (queda média dos preços), e apenas educação mostrou estabilidade (0,00%)

O maior aumento entre os grupos veio, mais uma vez, dos preços do vestuário (2,06%), puxado pelas roupas (2,37%), sobretudo as masculinas (2,90%). Entretanto, como se trata de uma despesa de peso menor nos orçamentos das famílias, o vestuário exerceu apenas a terceira principal influência de alta no IPCA-15 de abril, na RMS.

Quem liderou as pressões inflacionárias na prévia do mês foi novamente alimentação e bebidas, com o segundo maior aumento entre os grupos (2,02%). Os preços médios dos alimentos mostraram uma segunda aceleração consecutiva, ou seja aumentaram mais que no mês anterior, e tiveram sua maior alta em pouco mais de dois anos, desde janeiro de 2020 (2,39%), segundo o IPCA-15.

O aumento foi puxado pelos panificados (5,39%), como o pão francês (5,98%); por tubérculos, raízes e legumes (7,28%), liderados pela cenoura (19,49%, novamente o maior aumento entre todos os itens); e pelos óleos e gorduras (11,49%), com destaque para o óleo de soja (18,42%, segundo maior aumento entre todos os itens).

Os preços de habitação (1,70%) também exerceram uma pressão inflacionária importante na prévia de abril, na RM Salvador, com o terceiro maior aumento entre os grupos e a segunda principal contribuição de alta.

O gás de botijão (5,91%) e a energia elétrica (1,85%) foram, respectivamente, os itens que individualmente mais puxaram o IPCA-15 de abril para cima, na RMS.

Dentre os produtos e serviços com quedas médias de preços, os destaques em termos de contribuição para segurar o aumento da prévia da inflação de abril, na RMS, foram perfumes (-7,04%), passagens aéreas (-8,14%) e planos de saúde (-0,70%).