Cultura
Filho do jazz e da bossa nova, João Bosco completa 75 celebrado como violonista e cronista do cotidiano
Cantor e compositor mineiro é famoso por obras como "Papel Marchê", "A Nivel De..." e "O Bêbado e o Equilibrista"
Foto: Reprodução / Site Oficial
Nesta terça-feira (13), o cantor, compositor e violonista João Bosco de Freitas Mucci completa 75 anos. O mineiro foi muito influenciado pelo jazz, pela bossa nova e pelo tropicalismo. João Bosco transformou seu legado ao lado de artistas igualmente talentosos em um dos mais respeitados do cenário nacional, tanto como compositor quanto como instrumentista.
João Bosco iniciou sua jornada musical por influência da família, repleta de músicos. De Ângela Maria a Elvis Presley e de Cauby Peixoto a Little Richard, essas sonoridades não deixavam os ouvidos do músico, que misturou todas essas paixões para criar um estilo único e inigualável. O violão, tocado pelo artista desde os 12 anos, é sua principal arma, autora de diversas obras-primas da música popular brasileira. Sua vasta produção apresenta um olhar inovador sobre as experimentações feitas com as diversas sonoridades de gêneros musicais distintos do século XX.
Nos anos 70, João Bosco conheceu Aldir Blanc e com ele compôs inúmeros sucessos que traduzem o político no cotidiano da cidade do Rio de Janeiro. Como diz um verso de primorosa letra de Blanc, metrificado na medida para o talento musical do velho parceiro de tantas canções, João Bosco mora dentro da casca do seu violão. Outra grande parceira do músico é Clementina de Jesus, que influenciou sua forma de cantar e usar a voz.
Como descrito por Luís Pimentel em artigo parabenizando o músico, "Ou melhor, mais apropriado, João é o próprio violão, com ou sem casca, pois sempre nos deu a impressão de que o instrumento, que ele domina como poucos, faz parte do seu corpo, músculo ou osso plantado no peito e acompanhando o remanso do braço."
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