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Bebê prematuro luta contra o tempo para receber medicamento proibido pela Anvisa
A família do pequeno Lucas, que nasceu aos sete meses, em Salvador, com uma abertura em um canal arterial, está lutando contra o tempo para conseguir duas dosagens do medicamento Ibuprofeno Venoso, que não é registrado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). [Leia mais...]
Foto: Divulgação/ Prefeitura de São Paulo
A família do pequeno Lucas, que nasceu aos sete meses, em Salvador, com uma abertura em um canal arterial, está lutando contra o tempo para conseguir duas dosagens do medicamento Ibuprofeno Venoso, que não é registrado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Acontece que esse anti-inflamatório é vendido abertamente e sem restrições até mesmo para a população em suas formas gotas e em cápsulas.
"É isso que eu não entendo", disse Adriano Lima, pai da criança que trabalha no setor farmacêutico, inconformado. Para que a substância venha a surtir efeito e faça com que o bebê nascido no dia 2 de março não precise passar por cirurgia, é necessário que seja aplicada até o 14 dia de vida, o que implica dizer que, contando com essa sexta-feira (10), a família só tem mais cinco dias para conseguir as doses do Ibuprofeno Venoso. "Eu só tenho até quarta-feira para conseguir. E pode ser que o canal não se feche. É uma tentativa", explicou o pai ao Metro1.
Adriano ressalta que o Hospital Aliança, onde a criança encontra-se internada no setor neo-natal, está dando todo o suporte à família e ao próprio bebê.
Ajuda
Depois de correr atrás e divulgar nas redes sociais, uma das três dosagens foi conseguida. A mãe de outra criança se sensibilizou com a situação e doou uma dose do medicamento. Ainda faltam duas. Entretanto, a família não tem como comprar de outro país — e não é pelo custo.
Como só tem cinco dias para aplicar o ibuprofeno venoso no bebê, a compra, que só pode ser feita por meio de uma pessoa física através de importação, por distribuidora farmacêutica, para ser administrada na criança pelo hospital, não vai chegar a tempo. "Se eu pedir agora, vai demorar de 10 a 15 dias. A gente está compartilhando nas redes sociais para ver se outras pessoas têm esse medicamento em casa, alguma distribuidora aqui do Brasil", justificou Adriano Lima.
A patologia
A doença que Lucas tem, Persistência do Canal Arterial (PCA), é mais comum do que se imagina. Durante a gestação, é normal que esse canal fique aberto e se feche logo após o nascimento.
Como ajudar
Caso você tenha posse desse medicamento ou saiba como ajudar a família de Lucas, entre em contato através do e-mail: adrianoalveslima@bol.com.br.
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