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Alagamentos, mobilidade e ventilação: CAU aponta impactos de empreendimento em encosta leiloada

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Alagamentos, mobilidade e ventilação: CAU aponta impactos de empreendimento em encosta leiloada

Conselho de Arquitetura e Urbanismo seção Bahia (CAU-BA) foi responsável pela ação que barrou no ano passado a venda de uma área verde do Corredor da Vitória

Alagamentos, mobilidade e ventilação: CAU aponta impactos de empreendimento em encosta leiloada

Foto: Reprodução/Google Street

Por: Mariana Bamberg no dia 21 de fevereiro de 2025 às 07:20

Atualizado: no dia 21 de fevereiro de 2025 às 10:19

A encosta entre as ruas José Sátiro de Oliveira e Cândido Portinari, na Barra, foi vendida em um leilão da prefeitura neste ano, por R$ 16 milhões, assim como outros três terrenos. A área deve, segundo o prefeito Bruno Reis, receber um empreendimento imobiliário. Os planos e a venda, no entanto, já são classificados como “motivo de grande preocupação para essa área da cidade”, segundo o Conselho de Arquitetura e Urbanismo seção Bahia (CAU-BA), autarquia responsável pela ação que barrou no ano passado a venda de uma área verde do Corredor da Vitória.

Em entrevista ao Metro1, o presidente do CAU-BA, Tiago Brasileiro, destaca a encosta de área verde como um elemento fundamental para a qualidade ambiental e a identidade urbanística da região. Ele ainda aponta uma série de impactos significativos que devem ser causados pela construção do empreendimento imobiliário.

Entre os problemas que podem ser causados na região, estão questões de mobilidade com aumento no tráfego de veículos, que já é intenso pelo alto grau de verticalização na região.  Alagamentos e outros problemas de drenagem da água da chuva também são apontados pelo presidente do CAU por conta da perda de áreas permeáveis com a construção. 

Além disso, Brasileiro destaca problemas no clima local causados pela ampliação da temperatura e redução da ventilação com os prédios erguidos. Soma-se a isso ainda a descaracterização do patrimônio paisagístico e perda de áreas de contemplação para a população. 

“Essa perda de áreas de contemplação para a população pode causar distúrbios psicossociais e na saúde pública; e há ainda perda da biodiversidade, inclusive de espécies da restinga, que é a vegetação original das áreas costeiras, já muito degradadas em outras regiões e, portanto, cuja preservação é fundamental”, afirmou.