
Brasil
Governo quer levar internet a todas as unidades de saúde indígena até 2026
Conectividade deve ampliar acesso à telessaúde e reduzir remoções; 60% dos territórios ainda vivem sem água potável

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
O governo federal pretende conectar todas as unidades de saúde indígena do país à internet até o fim de 2026, garantindo acesso à telessaúde e a médicos especialistas nas próprias aldeias. Segundo o secretário de Saúde Indígena, Weibe Tapeba, à Agência Brasil, a meta é universalizar a conectividade e evitar o deslocamento de pacientes. Atualmente, 19 dos 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas já oferecem consultas à distância por meio do programa Conecta Brasil.
Mais de 700 pontos de conexão já foram implantados, e o número de atendimentos cresceu de 9,1 milhões em 2018 para 17,3 milhões em 2023. Tapeba afirmou que a conectividade melhora as condições de trabalho dos profissionais de saúde em regiões remotas e reforça a presença do Estado em territórios de difícil acesso. Apesar dos avanços, cerca de 60% das comunidades indígenas ainda não têm acesso à água potável.
Com um reforço de R$ 1 bilhão no orçamento nos últimos dois anos, a Secretaria Especial de Saúde Indígena mantém cerca de 22 mil profissionais, além das estruturas de atendimento, investimentos em saneamento e transporte. Segundo o secretário, seria necessário um orçamento de até R$ 6 bilhões para eliminar os vazios assistenciais, especialmente na Amazônia, onde a infraestrutura é mais precária.
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