Idosa é chutada por motorista de app após sujar banco do carro

Uma idosa de 68 anos foi agredida por um motorista de aplicativo ao entrar no condomínio onde mora, em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Câmeras de segurança registraram o momento em que Maria de Fátima Silva Pires levou um chute nas costas logo após passar pelo portão do prédio. O caso ocorreu na quarta-feira (29).

De acordo com a vítima, a agressão aconteceu porque ela estava comendo um biscoito dentro do carro. Ao chegar ao seu destino, o motorista exigiu que ela limpasse o banco do veículo, mas, diante do silêncio da passageira, desceu do carro e a atacou pelas costas.

“Eu vim comendo um biscoitinho. Quando parou no prédio, ele disse assim para mim: 'Agora, você vai limpar o banco'. Nisso, eu fiquei impactada e não respondi. Eu saí e o que que aconteceu: ele correu atrás de mim, me deu um chute nas costas e me jogou no chão. Eu já sou uma senhora e estou com meu lado direito comprometido, com muita dor”, contou Maria de Fátima

A idosa caiu no chão e foi socorrida pelo porteiro do prédio. Com dores intensas, ela passou por exames médicos e tem suspeita de fratura em uma vértebra.

"A médica disse que eu estou com traumatismo, dor no peito, dor nas costas, suspeita de uma fratura em alguma vértebra oculta, que eu tenho que aguardar esses dias para ver como que eu vou ficar", disse a mulher.

A Polícia Civil já identificou o agressor, que será intimado a prestar depoimento. O caso foi registrado na 12ª DP (Copacabana) como lesão corporal. O delegado responsável afirmou que a vítima já reconheceu o motorista e que o carro utilizado por ele não está em seu nome.

O exame de corpo de delito apontou uma lesão na coxa direita e um arrancamento de pele no cotovelo direito. No entanto, o perito indicou a necessidade de exames complementares, cujos resultados determinarão a gravidade das lesões, se geraram "incapacidade para atividades habituais ou alguma outra qualificadorao", o que pode levar a uma acusação de lesão corporal grave ou gravíssima.

Em resposta ao episódio, a Uber lamentou o ocorrido e classificou a violência como "inaceitável". A empresa informou que baniu permanentemente o motorista da plataforma e reforçou que está à disposição das autoridades para colaborar com as investigações.

Maria de Fátima fez um apelo para que casos como o dela não fiquem impunes. "Muitas mulheres não denunciam porque acreditam na impunidade, mas eu não. Ainda acredito na Justiça", declarou a vítima.