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Morte de Rubens Paiva é reconhecida pelo Estado como crime político
Certidão de óbito foi oficialmente corrigida na última quinta-feira (24)
Foto: Arquivo pessoal
A certidão de óbito do ex-deputado federal Rubens Paiva foi oficialmente corrigida na última quinta-feira (23). Antes, o documento registrava somente seu desaparecimento em 1971. Com a correção, a morte é reconhecida como violenta, causada pelo Estado brasileiro no período da ditadura militar. A retificação integra o esforço de reconhecer os 202 assassinados pelo regime e emitir certidões aos 232 desaparecidos políticos.
Segundo o novo texto, Paiva foi vítima da perseguição sistemática contra opositores promovida pelo regime de 1964. A correção foi realizada pela Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP), vinculada ao Ministério dos Direitos Humanos, e será entregue em cerimônia com pedidos de desculpas e homenagens às famílias.
A medida segue resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), aprovada em dezembro de 2023, para reparar simbolicamente os crimes da ditadura. Estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco concentram o maior número de vítimas.
A trajetória de Rubens Paiva é retratada no filme “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles, indicado em três categorias no Oscar 2025. A obra destaca a transformação de sua esposa, Eunice Paiva, em uma defensora dos direitos humanos.
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