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Fazenda irá bloquear site de bet ilegal que usa nomes de concessões públicas para atrair usuários

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Fazenda irá bloquear site de bet ilegal que usa nomes de concessões públicas para atrair usuários

Pasta diz ter identificado 11 URLs relacionadas à casa de aposta ilegal

Fazenda irá bloquear site de bet ilegal que usa nomes de concessões públicas para atrair usuários

Foto: Carla Astolfo/Metropress

Por: Laisa Gama no dia 24 de janeiro de 2025 às 16:13

Atualizado: no dia 24 de janeiro de 2025 às 16:13

Após o Metro1 revelar que uma casa de apostas ilegal utilizou indevidamente o nome de concessionárias que administram serviços essenciais na Bahia, para atrair usuários à sua plataforma, o Ministério da Fazenda informou, na quinta-feira (23), que identificou pelo menos 11 URLs relacionadas à atividade da bet. O bloqueio dos endereços será solicitado nos próximos dias, segundo a pasta.

A apuração revelou que, ao realizar uma simples busca pela segunda via da conta de energia elétrica na aba de “Notícias” do Google, clientes da Neoenergia Coelba encontravam, como primeiros resultados, links que direcionavam para a plataforma ilegal de apostas. Ainda nesta sexta-feira (24), pesquisas do Google apresentavam links da bet em questão em pesquisas sobre a segunda via ca conta de energia. A reportagem tentou contato com o Google, mas não obteve retorno até o fechamento da matéria.

A BET5U, não autorizada pelo Ministério da Fazenda a operar no Brasil, ainda usou indevidamente outros termos como “ViaBahia”, concessionária responsável pelas BRs 116 e 324 na Bahia, para facilitar o acesso à página. A plataforma em questão é registrada pela empresa BET5U N.V. e possui licença emitida pelo governo de Curaçao. O território, considerado um paraíso fiscal, abriga diversas empresas acusadas de irregularidades, como de apostas não regulamentadas.

O desafio da regulamentação das casas de apostas esportivas, as famosas bets, passa também por discussões sobre a publicidade dessas empresas. No ano passado, a Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda publicou uma portaria que determinava diretrizes para essas empresas, inclusive nas ações de marketing. Ainda assim, são frequentemente encontrados casos controversos, como esse. A principal suspeita é que a bet em questão tenha feito campanhas de publicidade na plataforma Google Ads, vinculando o termo Coelba. Nessa plataforma, é possível escolher termos de pesquisa, pagar por isso e, de acordo com o valor, o link da empresa patrocinadora será rankeado no resultado das pesquisas feitas com aquele termo.