Brasil
Ministro israelense critica governo Lula após investigação sobre soldado
A mensagem, dirigida ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), trouxe a opinião de Chikli sobre o caso
Foto: Israel Defense Forces
O ministro israelense responsável pelos Assuntos da Diáspora e pelo Combate ao Antissemitismo, Amichai Chikli, expressou críticas ao governo de Lula (PT) em uma carta. A publicação ocorreu após a Justiça brasileira ordenar uma investigação contra um soldado israelense que estava de férias no Brasil.
A mensagem, dirigida ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), trouxe a opinião de Chikli sobre o caso. “O fato de que o Judiciário brasileiro, com apoio do presidente Lula, se envolva com indivíduos com visões tão extremas – especialmente enquanto nos aproximamos do 80° aniversário da libertação de Auschwitz – é uma vergonha para o povo brasileiro”, diz trecho da carta.
Ao se referir a “indivíduos com visões tão extremas”, Chikli cita a Fundação Hind Rajab (HRF), que, representada por advogadas brasileiras, protocolou uma denúncia contra o soldado israelense Yuval Vagdani, acusado de possíveis crimes de guerra na Faixa de Gaza, território palestino.
A Justiça Federal determinou que a Polícia Federal (PF) investigue um soldado israelense que atualmente está no Brasil, acusado de supostos crimes de guerra cometidos na Faixa de Gaza. A decisão foi tomada pela juíza federal Raquel Soares Charelli, da Seção Judiciária do Distrito Federal, durante o plantão do dia 30 de dezembro de 2024.
O soldado israelense é acusado de envolvimento na destruição de um quarteirão residencial na Faixa de Gaza, utilizando explosivos fora de situação de combate, em novembro de 2024. Segundo a denúncia, as casas serviam de abrigo para palestinos deslocados internamente devido à guerra entre Israel e Hamas.
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