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Vivemos em um 'militantismo' se nossa posição é certa a do outro é errada, diz historiador

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Vivemos em um 'militantismo' se nossa posição é certa a do outro é errada, diz historiador

Grimaldo Zachariadhes comentou a falta de figuras centrais que sejam capazes de atuar como moderadores na sociedade

Vivemos em um 'militantismo' se nossa posição é certa a do outro é errada, diz historiador

Foto: Metropress

Por: Metro1 no dia 16 de abril de 2025 às 10:36

Atualizado: no dia 16 de abril de 2025 às 10:53

O escritor e historiador Grimaldo Zachariadhes comentou a falta de figuras centrais que sejam capazes de atuar como moderadores na sociedade. Em entrevista ao Jornal da Bahia do Ar, nesta quarta-feira (16), ele falou que política é feita com figuras que sabem lidar com oposições e construir consensos, mesmo quando as posições são extremamente opostas. O escritor é autor do livro "Diálogo, modernização e conflito: uma biografia do Cardeal Dom Avelar Brandão Vilela".

Segundo Zachariadhes, uma figura que exercia a figura de autoridade moral era o Cardeal Dom Avelar Brandão Vilela, que transitar em campos políticos opostos, e fazer projetos que beneficiavam os dois lados. "Dom Avelar faz falta porque era alguém capaz de circular entre campos políticos opostos", disse. Ele também critica o excesso de militantismo, e disse que não tomar partido político é muitas vezes confundido com "estar em cima do muro". "Nós vivemos num militantismo em que você tem que tomar uma posição. Dom Avelar desconstrói com isso. Não se faz política só um lado, nós versus eles... Dom Avelar, muitas vezes, foi ditado como "está em cima do muro". Geralmente se fala isso quando você quer que a pessoa tome a posição que você acha que tem que tomar", comentou.

Para o historiador, expressar a opinião em redes sociais não é fazer política, e não resolve conflitos. "Essas figuras moderadoras, eram autoridades morais que interviam quando necessário. Hoje não, é panfletarismo. Você não gostou de alguma coisa, você vai no Twitter, vai no Instagram, ele lá e põe que não gostou. Não se faz política dessa forma. Não é no Instagram que você faz política. Pode até usar essas ferramentas, mas a verdadeira política exige uma abordagem mais profunda, que envolva a capacidade de acomodar diferentes interesses", criticou.

Confira a entrevista completa: