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"É a cloroquina da medicina", crítica neurologista sobre exame de proficiência para médicos
Humberto Filho diz que exame médico irá piorar a formação dos profissionais da Medicina no Brasil nesta quinta-feira (10)
Foto: Victor Ramos/Metropress
Em meio às discussões sobre a possibilidade de implantação de um Exame Nacional de Proficiência em Medicina como requisito obrigatório para a inscrição de novos médicos, o coordenador de medicina da Escola Baiana de Medicina, Humberto Filho, afirmou que o projeto é simplório e que poderá prejudicar o próprio ensino das instituições médicas. Em entrevista à Rádio Metropole, nesta quinta-feira (10), ele pontuou que uma prova após a conclusão do curso não é capaz de medir a qualificação do profissional.
"É uma solução simples, uma 'cloroquina' para o ensino médico. Isso vai piorar a qualidade da formação. Fazer uma prova não é um atestado de competência de uma coisa tão complexa como a medicina. É uma avaliação que tem que ser processual e não ao final disso", criticou.
Ainda segundo Humberto Filho, um exame similar ao aplicado aos estudantes de Direito, que devem prestar o Exame da Ordem para validação enquanto advogados, vai fazer o contrário do que é argumentado no projeto de autoria do senador Astronauta Marcos Pontes (PL/SP). No texto do PL, Pontes afirma que com o exame, haverá uma redução na proliferação das escolas médicas do Brasil e irá melhorar a qualidade da formação desses estudantes.
"Isso vai enfraquecer a escola médica e gerar distorções complicadíssimas. Vai piorar a formação, a assistência e não vai diminuir o número de escolas médicas", pontuou durante o Jornal da Bahia no Ar.
O que prevê o projeto
O PL quer alterar a Lei nº 3.268, de 1957, e estabelecer que apenas médicos aprovados no Exame Nacional de Proficiência em Medicina poderão se registrar nos Conselhos Regionais. O exame deverá ser aplicado ao menos duas vezes por ano em todos os estados e no Distrito Federal, para avaliar competências éticas, conhecimentos teóricos e habilidades clínicas.
A regulamentação e coordenação do exame caberá ao CFM, enquanto os CRMs serão responsáveis pela aplicação em suas jurisdições. Os resultados devem ser comunicados ao Ministério da Educação e ao Ministério da Saúde, e a nota individual será sigilosa, entregue apenas ao participante.
Confira a entrevista na íntegra:
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