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Reforçamos as notificações, diz Codesal sobre imóvel com risco de desabar no Comércio
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Projeto que permite reutilização de materiais escoltares foi aprovado em 2023; Daniel Alves, autor da lei, foi entrevistado nesta quarta-feira (19) no Jornal da Cidade
Foto: Metropress
O esquema de venda de materiais didáticos em escolas particulares segue causando indignação em pais e responsáveis, após o Jornal Metropole denunciar a prática de "venda casada" de "kits educacionais". Nesta quarta-feira (19), o vereador Daniel Alves, autor do projeto de lei que permite reutilização de materiais escolares, foi ao programa Jornal da Cidade para falar sobre o assunto.
O vereador relembra que em 2023, quando a lei que propôs foi aprovada, algumas escolas de Salvador foram compradas por empresas e, assim, o sistema de vendas dos "combos didádticos" foi iniciado. "Comecei a estudar sobre o tema, procurei diretores, donos de escolas grandes e donos de escolas pequenas que não tinham sido vendidas. Assim, eu descobri nos contratos com as editoras, as escolas lucram até 50% do valor dos módulos", explica ele. Ele argumenta que neste mesmo ano, o Grupo Inspira e outras instituições começaram a utilizar a tática mas, desde então, pouca coisa mudou. "Naquele ano, já estava no fundo do poço. Não tem como afundar mais", pontua.
A lei obriga as escolas a aceitarem a reutilização das apostilas pedagógicas por no mínimo três anos, não podendo a escola vetar que um aluno repasse ou revenda seu material comprado no iníciodo ano letivo. Na justificativa do texto, o vereador argumenta que as editoras de livros didáticos e escolas impõem, muitas vezes sem critérios pedagógicos, a adoção de diferentes livros, o que resulta em grandes gastos para as famílias.
"Ontem eu fui chamado numa escola e, quando eu cheguei lá, dois representantes da Rede Inspira conversaram comigo sobre o projeto. Eu expliquei que escola e saúde não é igual restaurante, que quando você não gosta do atendimento ou da comida, você troca no outro dia ou até no mesmo momento", critica o vereador.
Confira a entrevista:
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