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Jailton Andrade critica falta de renovação nos sindicatos: "está ficando para trás na linguagem"

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Jailton Andrade critica falta de renovação nos sindicatos: "está ficando para trás na linguagem"

Sindicalista concedeu entrevista à Rádio Metropole nesta segunda-feira (27)

Jailton Andrade critica falta de renovação nos sindicatos: "está ficando para trás na linguagem"

Foto: Metropress/Victor Ramos

Por: Metro1 no dia 27 de janeiro de 2025 às 10:22

Atualizado: no dia 27 de janeiro de 2025 às 11:30

Personagens com importante função na vida dos trabalhadores e na dinâmica social do país, os sindicatos vêm perdendo base no país. A análise foi feita pelo advogado e dirigente sindical Jailton Andrade (@japantera) no Jornal da Bahia no Ar desta segunda-feira (27). Para ele, a falta de renovação na comunicação sindical é um dos principais fatores dessa perda de força. 

“Os sindicatos, de modo geral, são compostos por idosos. A gente não tem uma renovação no sindicato brasileiro. Por quê? Porque essa linguagem está ficando realmente para trás. A modernização da linguagem, na minha visão, deveria ser um mote do sindicato para atrair juventude, para a renovação, para a aglutinação de forças”, avaliou Jailton Andrade. 

Se antes sindicados dos bancários e dos rodoviários eram fortes e tinha até disputas internas acirradas, programas de TV, secretarias e deputados eleitos com sua bandeira, hoje eles perdem força na vida democrática brasileira. Para Jailton Andrade, esse enfraquecimento começou a partir de 2013, antes mesmo do fim do “imposto sindical”, extinto após a reforma trabalhista aprovada em 2017.

“A base ficou meio acomodada com o governo progressista a partir de 2013. Tivemos muitos avanços de fato, só que a gente acabou não se ligando que o futuro é incerto. Fomos nos acomodando e nos afastamos. E aí veio a questão da contribuição sindical, que agravou ainda mais. A gente fica fazendo análise de conjuntura, análise interna, fazendo mea culpa, mas não adianta”, disse.

Questionado se é possível reverter o cenário, ele disse que é “preciso”, afinal, o “Brasil é um país operário. “Se não tivermos esse tino de retomar retomar o diálogo e voltar a dirigir para as categorias, a gente vai ver o que está acontecendo já, inclusive, nos Estados Unidos”, concluiu.

Confira a entrevista na íntegra: