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"Não precisa horas na fila se uma rosa pode resolver tudo", diz organizador da festa de Iemanjá sobre presentes à orixá

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"Não precisa horas na fila se uma rosa pode resolver tudo", diz organizador da festa de Iemanjá sobre presentes à orixá

Festejos de Iemanjá acontecem neste domingo (2), no Rio Vermelho

"Não precisa horas na fila se uma rosa pode resolver tudo", diz organizador da festa de Iemanjá sobre presentes à orixá

Foto: Manu Dias/GOVBA

Por: Metro1 no dia 31 de janeiro de 2025 às 18:35

As filas, os grandes balaios e presentes exuberantes para a Rainha do Mar se tornaram comuns no 2 de Fevereiro. Mas a fé e a preocupação com as águas falam muito mais alto do que esse tipo de demonstração. Membros da comissão organizadora da festa de Iemanjá, os pescadores Fernando Lopes e Jurandir Bandeirinha chamaram atenção para isso, nesta sexta-feira (31) no Jornal da Cidade.

“Duas fases que não são necessárias: uma é ficar nessa fila tão grande e a outra é fazer aquele presente gigante, quando uma flor resolve a situação, só saber cultivar a flor e presentear. Agora as pessoas acham que têm que fazer um carnaval, já teve até pessoas que se depilaram lá e ofereceram os pelos. Não precisa tanto exagero. Às vezes, as pessoas passam do limite e desconfortam o próximo”, disse o pescador Bandeirinha.

O pescador ainda sugeriu que as pessoas evitem ficar nas grandes filas. Uma opção é recorrer aos barquinhos que levam os presentes. “Dar uma gratificação a um garoto ou até dizer ‘olhe, não tenho [dinheiro], você coloca pela fé minha flor, meu perfume ou sabonete? Não precisa ficar naquela fila’”, aconselhou. 

Bonecas, espelho, pentes de plástico, velas, recipientes de vidro são alguns dos itens que devem ser evitados, pela preocupação com o meio ambiente e consequentemente pelo que a Rainha do Mar. Segundo os pescadores, esse tipo de material é retirado dos balaios pela organização e doado. “Iemanjá gosta de essências. Ela não quer descartáveis, embalagens. Ela é invisível e fortalece e acredita naquilo que não vê”, afirmou Bandeirinha.

Fernando Lopes ainda criticou que vai à festa para exagerar no lado profano. Segundo ele, no ano passado a organização do evento chegou a conseguir suspender a montagem de uma palco com artistas na festa, porque essa não é a proposta da celebração. “A gente não quer palanque e ninguém pense que pode ir com carrinho e som mecânico. Som mecânico zero, está proibido, vai ser bloqueado. Bebida também só em latinha, nada de garrafa, para acidentes”, alertou.

Confira a entrevista na íntegra: