Repórter Metropole: Soteropolitanos acreditam que é impossível se acostumar com racismo

Na próxima quarta-feira (20), é celebrado o Dia Nacional da Consciência Negra.  A data que marca a morte do líder quilombola Zumbi dos Palmares é feriado nacional. A alteração foi aprovada no Congresso em novembro passado e sancionada pelo presidente Lula. A equipe do Repórte Metropole foi à Feira de São joaquim para saber como os soteropolitanos lidam com o racismo. 

Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 57% da população brasileira é negra. Ou seja, a maioria se declara como preta  ou parda. Os negros também são maioria entre os trabalhadores, somando 55% dos ocupados. Ainda assim, os entrevistados relatam que sofrem constatemente com racismo. 

"Eu boto no lugar, com aquele jeitinho brasileiro.", relata uma das entrevistadas ao ser questionada como lida em situações de discriminação. Outra conta que sofre com o racismo "o tempo todo": "as pessoas olham de cara feia, não querem encostar, várias situações. Mas, se a gente der importância a tudo, não dá pra viver", contrapõe. Ela ainda adiciona: "Não quer dizer que eu me acostumei, é impossível se acostumar".

Os comentários seguem na mesma linha, por parte uma vendedora de frutas. "As vezes a gente entra em uma loja e os vendedores acham que você não tem dinheiro para comprar pela cor que você tem". A possibilidade de reagir a uma ofensa ainda é gera dúvida para alguns. "Eu já pensei, mas nunca reagi".  

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