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Jessé Souza: A elite nacional não produz nada, o projeto dela é roubar a curto prazo

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Jessé Souza: A elite nacional não produz nada, o projeto dela é roubar a curto prazo

Em entrevista no Jornal da Bahia no Ar desta segunda-feira (18), o sociólogo analisou o papel das redes e da elite no cenário político nacional

Jessé Souza: A elite nacional não produz nada, o projeto dela é roubar a curto prazo

Foto: Reprodução/Youtube

Por: Metro1 no dia 18 de novembro de 2024 às 13:01

O ano de 2013, com as chamadas Jornadas de Junho, foi determinante na formação do atual cenário político do Brasil e na perda de conexão entre a esquerda e seu eleitorado. A análise foi feita pelo sociólogo Jessé Souza, que, em entrevista ao Jornal da Metropole no Ar desta segunda-feira (18), comparou o episódio à Primavera Árabe e apontou a elite e as redes sociais como uma parte ativa desse processo que abriu as portas, nos anos seguintes, para o impeachment de Dilma Rousseff, Michel Temer ocupando a Presidência da República e posteriormente Jair Bolsonaro sendo eleito. 

Segundo a análise do sociólogo, todo esse cenário foi construído em conluio com a elite nacional. “É uma elite colonizada, que não produz nada, não tem nenhum projeto nacional, o projeto dela é roubar a curto prazo. É isso que a nossa elite faz. Nossa elite rural rouba terra de posseiro, e a elite financeira assalta o povo  por juros escorchantes. Esse pessoal fica muito contente quando os Estados Unidos querem interromper essa tentativa de inclusão, industrialização”, disse o sociólogo.

“Se você lembrar, ninguém tinha prova nenhuma ainda, mas já estava usando o tema da corrupção. A maior mentira que já se escreveu sobre esse país é que a corrupção é só política e que ela atinge só o voto desse cara, que é o pobre e o negro”, acrescentou.

Já as redes sociais, para Jessé, agiram e agem com um aparato cultural que os EUA tenham que “bombardear países do sul do globo, que estão começando a se industrializar”. Isso porque, segundo o sociólogo, para os objetivos norte-americanos, África, Ásia e América Latina devem servir para exportar produtos primários, enquanto os industriais e com alta tecnologia devem ser para os EUA e alguns dos seus aliados. Por isso “os EUA estão por trás de todos os golpes de estado que aconteceram entre nós, e na América Latina em geral, porque ele é o guardião desse saque internacional”.

Confira a análise na íntegra: