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Repórter Metropole: Após 11 anos sem operar, elevadores da Via Expressa são desativados

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Repórter Metropole: Após 11 anos sem operar, elevadores da Via Expressa são desativados

A população não lembra de ter visto o local sendo utilizado para melhorar o acesso, o contrário disso, os elevadores se tornaram pontos de depósito de lixo e 'abrigo' para moradores de rua

Repórter Metropole: Após 11 anos sem operar, elevadores da Via Expressa são desativados

Foto: Reprodução/Youtube

Por: Metro1 no dia 23 de outubro de 2024 às 16:00

Aqueles que precisam acessar as passarelas da Via Expressa de Salvador, localizadas na Estrada da Rainha, na Avenida Heitor Dias, e na Avenida Barros Reis, há mais de 10 anos se depararam com oito elevadores que, apesar de passar por reformas, nunca funcionaram, sendo oficialmente desativados somente em setembro deste ano. 

Em julho de 2021, após vistoria técnica da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Bahia (Conder), e da Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob), as obras de reforma das estruturas foram entregues. No entanto, a população não lembra de ter visto o local utilizado para melhorar o acesso, o contrário disso, os elevadores se tornaram pontos de depósito de lixo e 'abrigo' para moradores de rua. 

“Nunca usou aí. Teve reforma, depois destruíram tudo de novo. Depois da reformar os seguranças ficaram uma semana e sumiram. […] Começaram a destruir tudo, levou tudo, já foi. O resultado é isso ai, tudo abandonado, entregue as baratas. O que deveria fazer não foi feito”, disse um comerciante que trabalha no local a equipe do Repórter Metropole.

Um morador do local também reforçou que após desativado, os elevadores se tornaram depósito de lixo. “São 13 anos, só fizeram construir, nunca funcionou. Fecharam e não tiraram o lixo, está aquele negócio feio, cercado, cheio de lixo dentro”, completou. 

Em nota ao Metro1, a Conder destaca que os equipamentos foram instalados nas passarelas por exigência da Secretaria de Mobilidade do Município e para cumpri-la o órgão adequou os projetos iniciais das passarelas. “Como se sabe, a responsabilidade de operação e manutenção do viário local é de responsabilidade da prefeitura e a Via Expressa e todos os seus equipamentos associados foram entregues ao município em 2013, em cerimônia pública com a presença do então prefeito”.

A Secretaria de Mobilidade de Salvador (Semob) diz que não é responsável pelas estruturas e que a obra é, na verdade, da Conder.

Investigação MP-BA 

Em setembro de 2019, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) instaurou um inquérito civil para investigar a omissão dos poderes públicos na gestão de elevadores situados nas passarelas da Via Expressa, e a necessidade de sistema de segurança. 

As passarelas próximas aos equipamentos foram licitadas em março de 2013, ao custo de R$ 17,5 milhões oriundos de convênio com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), do Ministério dos Transportes.