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“Não adianta derrubar, tem que dar incentivo para recuperar”, diz Bernard Attal sobre patrimônios históricos

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“Não adianta derrubar, tem que dar incentivo para recuperar”, diz Bernard Attal sobre patrimônios históricos

Nesta segunda-feira, Bernard Attal, cineasta, falou sobre arquitetura baiana e necessidade de incentivos para preservação

“Não adianta derrubar, tem que dar incentivo para recuperar”, diz Bernard Attal sobre patrimônios históricos

Foto: Fernanda Vilas Boas/Metropress

Por: Metro1 no dia 21 de outubro de 2024 às 13:10

Atualizado: no dia 22 de outubro de 2024 às 12:15

Bernard Attal é um cineasta francês, radicado na Bahia, com 20 anos de caminhada e descobertas em terras baianas. Em entrevista à Rádio Metropole, nesta segunda-feira (21), o cineasta declarou que seu objetivo é contar histórias através de filmes. Em dezembro, Attal pretende lançar um documentário sobre a história do posto de embarcação comercial de Salvador e sua essência que vibra até hoje. Engajado na reforma do Trapiche Barnabé, Attal falou sobre a importância e negligência que a conservação de ambientes arquitetonicos históricos passa.

“Tem essas leis que tentam incentivar, mas que não estão ainda bem definidas para realmente transformar o Comércio. O Comércio tem uma variedade de arquiteturas fantásticas. E eu acho também que, aqui na Bahia, tem esse preconceito entre o patrimônio arquitetônico e o patrimônio colonial. Essa reforma que foi feita lá no Aquidabã realmente não foi nada feliz. Então, tem todas essas camadas de patrimônios arquitetônicos que têm que ser protegidas. Não adianta derrubar e fazer uma coisa nova. Tem que dar incentivo para as empresas privadas se envolverem na recuperação desses patrimônios”, declarou o cineasta.

Em paralelo, Attal ainda falou sobre a Casa da Música e a Casa da História de Salvador que, de acordo com ele, foram muito bem feitas. Nessa linha, as obras direcionadas para esses ambientes deveriam passar pelo mesmo zelo e empenho para continuarem existindo. Além disso, o cineasta reforçou a ideia de que esse é um papel que não se restringe à prefeitura da cidade, mas deveria passar pela Desenbahia, cobrança de impostos e pela própria sociedade civil, endossando a necessidade da participação de pessoas físicas, o que de acordo com o cineasta, deve promover o engajamento para preservação do locais.

“Tem que dar facilidades para as pessoas físicas se envolverem na recuperação desse patrimônio. Eu morei durante muitos anos em Paris. Então, eu vejo que esse patrimônio que temos aqui é uma coisa fantástica, mas que está muitas vezes negligenciada. Então eu acho que a minha proposta, o meu compromisso não era só com o Trapiche Barnabé. Eu vejo, ao meu redor, muitos outros prédios que merecem e que devem ser recuperados”, finalizou o cineasta Bernard Attal.

Confira a entrevista completa: