Vote na disputa pelo Prêmio PEBA para piores empresas da Bahia>>

Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp

Home

/

Notícias

/

Rádio Metropole

/

Cardiologista faz alerta sobre substâncias do chip da beleza: "muitas sequer foram validadas para uso subcutâneo"

Rádio Metropole

Cardiologista faz alerta sobre substâncias do chip da beleza: "muitas sequer foram validadas para uso subcutâneo"

A médica aponta que a maioria dos pacientes utiliza o dispositivo para fins estéticos

Cardiologista faz alerta sobre substâncias do chip da beleza: "muitas sequer foram validadas para uso subcutâneo"

Foto: Metropress/Fernanda Villas

Por: Metro1 no dia 24 de outubro de 2024 às 16:24

Atualizado: no dia 24 de outubro de 2024 às 18:25

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou, na última sexta-feira (18), uma resolução proibindo os implantes hormonais conhecidos como chips da beleza. A decisão veio após alertas de entidades médicas que relacionaram o produto a complicações como elevação de colesterol e triglicerídeos no sangue (dislipidemia), hipertensão arterial, acidente vascular cerebral e arritmia cardíaca. No programa Metropole Mais desta quinta-feira (23), a cardiologista Marianna Andrade explicou o que afinal é esse produto e apontou que ele, muitas vezes, traz substâncias que não são validadas para esse uso. 

O chip da beleza, explicou a cardiologista, pode ter desde um hormônio isolado até uma série de hormônios que podem ser associados e ainda outras substâncias que sequer foram validadas para o uso subcutâneo. “Isso pode, inclusive, ter mais efeitos colaterais pela associação, e tem coisas completamente desconhecidas. A gente sequer sabe qual é o efeito colateral que pode haver um implante subcutâneo de determinadas medicações que a gente tem relatos”, alertou.

Segundo a médica, os implantes hormonais não são novos, eles foram instituídos como uma forma de administração de hormônios em casos de deficiência deles e também para tratamento de algumas doenças que são hormôniossensíveis. No entanto, os usuários passaram a usar buscando ganho de massa muscular, virilidade e perda de gordura corporal. “O que se começou a ver é um uso mais disseminado com fins estéticos e de maneira não controlada. Obviamente, a gente preserva os profissionais que praticam de maneira adequada o procedimento, mas começou a proliferar profissionais que não estavam baseados em evidências e indicações corretas, atraindo um público para fins estéticos”, apontou Andrade.

A cardiologista ainda indicou que é muito mais frequente encontrar pacientes que fazem o uso do implante e apresentam complicações cardiovasculares menos graves. “Com frequência, esses pacientes que desenvolvem essas complicações têm outros fatores associados, mas certamente, na minha experiência, eu já vi algumas vezes alguns pacientes utilizando em doses consideradas inadequadas para fins inadequados e, dentre os fatores de risco, estavam o uso dessas substâncias”, esclareceu.

Confira a entrevista na íntegra: