Otto Alencar detalha disputa na Câmara e possibilidade de concorrer à presidência no Senado

Atual líder do governo federal no Senado, Otto Alencar (PSD) reafirmou que, apesar de ter seu nome ventilado, ainda não se colocou como candidato à presidência da Casa. Em entrevista à Metropole nesta segunda-feira (21), ele explicou que a possibilidade de sua candidatura depende também da disputa pela presidência da Câmara dos Deputados, já que seu correligionário Antônio Brito tem o nome posto para a eleição na Casa Baixa, e deve-se evitar que o mesmo partido fique com a presidência das duas Casas. Para Otto, tudo deve ser resolvido até janeiro.

“A frase que eu tenho para dizer é essa: eu não sou ainda candidato com candidatura posta, mas sou candidato de muita gente, muitos senadores e senadores lá no Senado Federal”, disse Otto. "Antonio Brito está com a candidatura colocada. Se por acaso, na Câmara dos Deputados houver qualquer sinalização para o apoiamento dele, se ele fizer uma união com o Elmar Nascimento e o União Brasil apoiar ele, o PT apoiando com outros partidos, ele fica muito forte e pode ser o presidente", acrescentou, ao salientar que o resultado da disputa só se torna mais previsível na última semana anterior à votação. Na análise do senador, do ponto de vista individual, Brito é quem tem mais votos na Câmara.

Otto ainda afirmou não acreditar em um consentimento do Palácio do Planalto à mudança do apoio do atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP) - que inicialmente tinha Elmar Nascimento (União) como seu candidato e depois passou a apoiar o deputado Hugo Motta (Republicanos). “O presidente não faria isso não, porque ele está muito ciente que tem que aguardar, porque não dá para um presidente da República apoiar um candidato e perder. Naquela eleição de Eduardo Cunha, a presidente Dilma apoiou alguém, Arlindo Chinaglia [...] e houve aquela reação de Eduardo Cunha contra a presidente. O poder da Câmara é muito grande, porque tudo começa lá”, disse.

Confira a entrevista na íntegra: