Wagner nega que ausência de Rui em campanha de Salvador tenha relação com escolha do candidato

O senador Jaques Wagner confirmou, nesta segunda-feira (30), que foi ele quem sugeriu e defendeu o nome de Geraldo Júnior (MDB) para concorrer à disputa pela prefeitura de Salvador neste ano, marcadas para este domingo (6).  Ainda em entrevista à Rádio Metropole, o parlamentar comentou sobre a ausência de uma participação ativa de Rui Costa na campanha do candidato e explicou se essa decisão estaria relacionada com José Trindade, presidente da Conder (Companhia de Desenvolvimento Urbano) e nome apontado como o preferido pelo agora ministro-chefe da Casa Civil para a briga pelo Palácio Thomé de Souza. 

“Em todas as campanhas eu me meti, nessa de Geraldo também. Eu banquei a ideia de Geraldo perante todo mundo. Eu expliquei que é porque é o vice-governador, que é do MDB, um partido importante da eleição, porque é um cara que conhece Salvador, talvez mais que qualquer outro. Acho que ele está fazendo o esforço dele, trabalhando para caramba, com a vice também, Fábya Reis (PT), uma figura maravilhosa”, disse o senador ao pontuar que, independente do resultado, Geraldo Júnior sairá mais forte das urnas.

Ainda em entrevista a Mário Kertész, ele citou as razões pelas quais Rui Costa, ex-governador da Bahia, não estaria tão participativo na campanha de Geraldo Júnior. Ele ainda discordou que a motivação teria relação com a derrota de sua indicação para representar o grupo na disputa. “Na época, ele [José Trindade] queria vir para o PT, e eu disse a ele que não precisava, porque não era obrigado. Das 350 prefeituras que eu digo que a gente deve ganhar, na base do governo, a maioria não é do PT. Depois ele declinou, mas eu sei que ele tem uma relação muito forte com Rui. Mas Rui também nunca desfraldou a bandeira de dizer ‘esse é meu candidato’", disse.

Segundo Wagner, a razão para a ausência de Rui na campanha de Salvador está, na verdade, relacionada às suas atribuições na Casa Civil. “Eu mesmo fiquei mais restrito. Rui também. Sem dúvida nenhuma, está muito mais prisioneiro de ficar lá como chefe da Casa Civil do que aqui.  Ele pegou essa semana, pediu licença ao presidente e está andando mais no interior. Rodando mais”, defendeu.

Confira a entrevista na íntegra: