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Juliana Dal Piva: Grupos acusam STF e Moraes de censura, mas 'não olham para o próprio umbigo'

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Juliana Dal Piva: Grupos acusam STF e Moraes de censura, mas 'não olham para o próprio umbigo'

Durante o programa Na Linha desta sexta-feira (13), a jornalista comentou sobre como as redes sociais intensificaram os discursos extremistas da direita

Juliana Dal Piva: Grupos acusam STF e Moraes de censura, mas 'não olham para o próprio umbigo'

Foto: Isabelle Corbacho/Metropress

Por: Metro1 no dia 13 de setembro de 2024 às 15:35

 

As redes sociais têm um papel significativo na política brasileira. Em 2013, por exemplo, os conflitos entre direita e esquerda foram intensificados pelo surgimento do Facebook, que refletiu no resultado das eleições de 2018. Para a jornalista Juliana Dal Paiva, a presidência de Jair Bolsonaro banalizou termos de responsabilidade do discurso público e liberdade de expressão. 

“Neste país, a liberdade de expressão, que é um direito muito caro, ela não autoriza ninguém ofender os outros, a discriminar os outros. Ela não é uma liberdade total, não existe direito total, nenhum direito é maior do que outro”, afirmou Juliana durante o programa Na Linha, nesta sexta-feira (13). 

A jornalista relembrou que apesar dos grupos de direita fazerem acusações, como contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes após a suspensão do X no país, de censurarem suas opiniões, ela já teve uma reportagem removida pela Justiça a ordens de Flávio Bolsonaro. 

“Esses grupos hoje querem acusar o Supremo Tribunal Federal, o ministro Alexandre de Moraes, até a própria imprensa de serem censores e não olham para o próprio umbigo. Eu fui censurada por pedido do Flávio Bolsonaro, mas toda vez que ele vai reclamar de Alexandre de Moraes, ele não se lembra disso. Que ele mandou tirar uma reportagem minha da internet, derrubar meus posts no Instagram, no Twitter através da Justiça”, explicou. 

Com a internet, grupos e movimentos de direita surgiram com cada mais intensidade. Juliana Dal Piva destacou que a situação demonstra que uma parcela da população brasileira, que segundo ela, não é a maioria, mas não é insignificante, se identifica com discursos extremistas e radicais. 

“É triste, lamentável encarar essas coisas […] Durante muito tempo, Bolsonaro falou muitos absurdos sem ser incomodado, sem responder pelos seus crimes. E isso encorajou outros a serem dessa maneira. Então se antes tinham aquele constrangimento de pensar nessas coisas, de ser assim, “não, peraí, o presidente pensa assim, porque eu vou me incomodar”, completou a jornalista.