Repórter Metropole: Jovens condenam uso de anabolizantes e efeitos à saúde

A busca pelo corpo perfeito tem levado ao uso indiscriminado de medicamentos e substâncias que, supostamente, aumentam a atuação durante a prática de atividades físicas ou facilitam a perda de peso. O Repórter Metropole foi às ruas ouvir a opinião das pessoas que praticam exercícios físicos e saber se elas conhecem os riscos desse consumo.

“Logo quando comecei a treinar fiquei tentado, vi todo mundo crescendo, ficando grande, fiquei empolgado para ver o resultado logo. Cheguei até a comprar esses remédios para me aplicar, só que depois eu vi que fui ganhando corpo e se ajeitando com uma boa alimentação, e vi que não precisava mais. Mas muitos amigos meus se aplicam e acham normal”, disse um dos entrevistados.

"Dpois de uns três meses na academia, pensei 'por que não?' Depois fui conhecendo mais e vi que não", revelou outro. Já um terceiro entrevistado foi direto: "Comigo não rola, sei das consequências que têm, então não rola".

Vilões antigos, os anabolizantes continuam sendo procurados, principalmente por quem deseja ter um corpo de academia em menos tempo. Para além dos efeitos a curto prazo, o verdadeiro resultado desses produtos são problemas no fígado ou cardiovasculares, infertilidade, e em alguns casos até a morte. 

Em entrevista à Rádio Metropole, o médico endocrinologista Osmário Salles afirmou que muitos desses usos são feitos por pessoas que têm uma distorção da imagem. “Hormônio é droga e droga é droga. Droga lesa. E os hormônios anabolizantes lesam o coração, lesam o fígado, lesam a parte óssea, acaba lesando toda a economia de um corpo e depois fica difícil parar”, explicou. 

Para alertar contra o risco dos esteroides anabolizantes e similares que causam inúmeros danos à saúde, médicos de todo o Brasil se uniram à campanha apelidada de #BombaTôFora. O Conselho Regional de Educação Física da Bahia (CREF-BA) manifestou apoio à campanha e ressaltou que a utilização dessas substâncias vai contra os princípios éticos que norteiam a profissão. Como entidade que representa os profissionais de Educação Física, o CREF13-BA reforça a necessidade de orientação profissional e respeito aos limites do corpo.