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Janio de Freitas: 'SUS da Segurança Pública' não é um interesse do Congresso e governadores

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Janio de Freitas: 'SUS da Segurança Pública' não é um interesse do Congresso e governadores

A fala foi feita pelo jornalista no programa Três Pontos desta quinta-feira (15)

Janio de Freitas: 'SUS da Segurança Pública' não é um interesse do Congresso e governadores

Foto: Reprodução/Youtube

Por: Metro1 no dia 15 de agosto de 2024 às 13:25

Atualizado: no dia 15 de agosto de 2024 às 14:54

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou, na última quarta-feira (7), que a PEC que pretende criar um “SUS da Segurança Pública” só deve andar depois de reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e os 27 governadores. O projeto, que propõe unificar as forças policiais estadual e federal, foi discutido no programa Três Pontos, da Rádio Metropole, nesta quinta-feira (15), quando o jornalista Janio de Freitas afirmou que a maioria do Congresso, em especial o Centrão, é contra o projeto, alegando que a mudança significaria uma intervenção federal nos governos estaduais.

“O plano levado pelo ministro Lewandowski ao presidente Lula propõe que as polícias e a polícia federal integrem um todo em termos de colaboração mútua, de documentações para todas as polícias estaduais e federal, por aí afora. Sistema de contenção, de repressão à criminalidade, táticas comuns. Um integração ativa”, explicou o jornalista. 

Apesar da proposta ter como o intuito tentar diminuir a criminalidade e criar forças policiais mais combatentes, Janio explicou que a nova PEC é vista com maus olhos pelo Congresso (em especial o Centrão) e governadores. Segundo o jornalista, o argumento usado por quem é contra é que a mudança significaria uma intervenção federal parte policial, nas investigações criminais e, portanto, no poder dos governos estaduais.

"No fundo é muito mais do que uma incompreensão. É uma defesa de interesse. Grande parte dos governadores não quer esse combate planificado, ativo, pela simples razão de que essa criminalidade, do ponto de vista deles, não é tão prejudicial, porque ela representa canais eleitorais, canais de captação de voto, como é o caso da milícia no Rio de Janeiro, que tem os seus deputados, seus prefeitos", afirmou.

A PEC da Segurança Pública visa dar à União a competência de coordenar o Sistema Único de Segurança Pública (Susp). O Susp virou lei em 2018, mas apresenta falta de recursos por parte dos governadores, que comandam as polícias militares, civis e científicas. Na prática, o governo federal passaria a ter a prerrogativa de estabelecer diretrizes de uma política nacional de segurança a ser seguida por todos os entes federativos.

Confira o programa completo: