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“Curso de fim de semana não capacita ninguém”, diz médica sobre procedimentos estéticos

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“Curso de fim de semana não capacita ninguém”, diz médica sobre procedimentos estéticos

Em entrevista à Metropole nesta segunda-feira (22), a médica chamou atenção ainda para a necessidade de cada paciente pesquisar se os profissionais estão aptos a fazer aquele procedimento

“Curso de fim de semana não capacita ninguém”, diz médica sobre procedimentos estéticos

Foto: Metropress/Fernanda Vilas Boas

Por: Metro1 no dia 22 de julho de 2024 às 16:38

Atualizado: no dia 22 de julho de 2024 às 16:42

Uma influenciadora digital morreu no Distrito Federal no último dia 2 de julho, após fazer um procedimento estético para aumentar os glúteos. Aline Maria Ferreira da Silva, de 33 anos, e o empresário Henrique Chagas, que morreu após a aplicação de um peeling de fenol, são apenas algumas das vítimas destes tipos de intervenções no Brasil. Em entrevista à Rádio Metropole nesta segunda-feira (22), a dermatologista Constança Pithon falou sobre os riscos destes procedimentos e apontou que cursos online não são suficientes para capacitar profissionais. 

“A gente tem que ser especialista no que a gente quer ser especialista. E quando a gente vai ver foi um curso de fim de semanas que, às vezes, nem o certificado recebeu. E isso não capacita ninguém. O que capacita um profissional a fazer qualquer coisa é graduação. Não é especialização. Então a gente está vendo hoje é um caminho sem volta", disse a médica.

Segundo a dermatologista, esses procedimentos já apresentam riscos de complicações, mas cada vez mais elas têm se tornado comuns, muitas vezes por uso de técnica errada. Constança chamou atenção ainda para a necessidade de cada paciente pesquisar se os profissionais estão aptos a fazer aquele procedimento. 

“Quem regula isso [qual procedimento cada profissional pode fazer] são os conselhos de classe. Então cada um vai determinar o que aquele profissional está apto a fazer. A gente não tem controle sobre isso. A população é que precisa antes saber se aquele profissional está apto não só a executar, mas a tratar qualquer complicação que aconteça. Não existe procedimento sem complicação e, caso ela aconteça, o profissional tem que saber tratar, tem que saber prescrever, tem que saber encaminhar, tem que saber identificar a complicação”, pontuou.

Confira a entrevista na íntegra: