"Existe uma perversa associação entre beleza e felicidade", afirma psiquiatra

O psiquiatra Táki Cordás destacou que atualmente é possível observar na sociedade uma perversa associação entre beleza e felicidade. Esse é um fator, que segundo ele, afeta a percepção das pessoas sobre quem elas são. Em entrevista à Rádio Metropole nesta quinta-feira (18), o médico ainda pontuou o que pode estar por trás dessas ações.

"Existe uma perversa associação entre beleza e felicidade. Seja lá o que for beleza, seu conceito é vendido como se isso trouxesse felicidade. Embora a gente coloque como irmãos siameses, eles [conceitos] não caminham juntos. Se você achar que a beleza é a refletida no espelho, você está perdido. Se a imagem é a sua única beleza, você está perdido", afirmou.

Ainda durante a entrevista, Cordás afirmou que ao longo dos séculos a beleza se transformou em um sinônimo de corpo, o que gerou um empobrecimento do seu significado. O médico ainda apontou que a busca incessantes por cirúrgias plásticas, por exemplo, pode ter uma conexão com desejos frustrados ao longo da vida. 

"Alguém que chega aos 70, 80 anos e tem uma profunda frustração por ainda não ter atingido alguma coisa, vai insistir. E ai a gente vai ver coisas como cirurgias plásticas seguidas, tentativas de assumir a primazia de aparecer. Muitas vezes são pessoas que não se sentem satisfeitas com suas vidas ou carreiras.

Confira a entrevista na íntegra: