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Átila do Congo revela ressentimento com motoristas por aplicativo: "Não vou pedir voto, já fui traído uma vez"

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Átila do Congo revela ressentimento com motoristas por aplicativo: "Não vou pedir voto, já fui traído uma vez"

A sabatina com vereadores estreou nesta segunda-feira (13), com a participação de Anderson Ninho (PDT) e Atila do Congo (PMB)

Átila do Congo revela ressentimento com motoristas por aplicativo: "Não vou pedir voto, já fui traído uma vez"

Foto: Metropress/Fernanda Vilas Boas

Por: Metro1 no dia 14 de maio de 2024 às 12:22

O vereador Átila do Congo (PMB) foi um dos que participou da estreia da sabatina com vereadores da Rádio Metropole, na última segunda-feira (13). Durante sua participação, o edil, que é considerado o representante dos motoristas por aplicativo na Câmara Municipal de Salvador (CMS), falou sobre os projetos no seu primeiro mandato e revelou ter um sentimento de “traição” com relação à parte da categoria que representa. 

Fazendo referência à bíblia “profeta só não tem honra em casa”, Átila disse que "ninguém fez mais pelo motorista de aplicativo" do que ele e, mesmo assim, de um total de 28 mil profissionais da categoria, ele disse ter somado, no máximo, 1,5 mil. O vereador teve na última eleição um total de 4.733 votos, ficando como suplente e assumindo após a morte do vereador Daniel Rios em 2021. 

“Podem falar o que quiser, contra fatos não há argumentos, ninguém fez mais pelo motorista por aplicativo do que eu, mesmo antes de ser ferrados. Eu bati de frente com o crime organizado, com mafiosos, com poderosos, inclusive o próprio prefeito ACM Neto, que era um aliado. E sofri demais por essas posições, fui perseguido demais na minha eleição”, disse. 

Segundo o vereador, os bairros onde ele mais foi votado - Nova Constituinte, Congo, Periperi, Subúrbio, Coutos e Mirantes de Periperi - são regiões onde ele já desenvolvia um trabalho político. Em 2021, o vereador chegou a ser expulso pelos próprios motoristas em uma manifestação realizada pela categoria.

“Do universo de 28 mil motoristas por aplicativo eu tive 1,5 mil votos, me ajudou muito, sou grato e continuo trabalhando pelo motorista por aplicativo. Não é à toa que no nosso gabinete já atendeu mais de dois mil motoristas com aplicativo bloqueado, com problema, defendendo multa, dando assessoria jurídica [...] a minha luta se estendeu a Brasília, fomos o pioneiro no Brasil para regulamentação nacional, começou por mim”, afirmou Átila, citando ainda um projeto que propõe a paridade nas inscrições em aplicativos - para que, assim como os motoristas, os usuários também passem para processos de inscrição mais rigorosos.

“Agora, você vai pedir voto? Não vou. Porque eu já fui traído uma vez, ser traído duas vezes é burrice. Nem por isso deixei de trabalhar porque tem pessoas que, ainda que seja minoria, confiaram, depositaram o voto em mim e essas pessoas  merecem o meu respeito”, completou. 

Relações
Sobre sua relação com o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União), Átila relembrou que chegou a fazer militância pelo ex-gestor, mas depois se desentenderam durante tratativas sobre os interesses dos motoristas por aplicativo. “Tive oportunidade de conversar com ACM Neto, colocamos os pontos nos is. Ele tomou algumas decisões que prejudicam os motoristas por aplicativo naquele momento a meu ver e eu parti para o lado oposto, porque tenho posição firme”, afirmou. 

Já sobre o vice-governador Geraldo Jr. (MDB), pré-candidato a prefeito de Salvador, ele disse que tem uma boa relação, apesar de estarem em lados opostos. O vereador lembrou, inclusive, do episódio quando, como representante da categoria, foi proibido de entrar na CMS e acabou conseguindo adentrar com ajuda de Geraldo, na época presidente da Casa.

“Para mim, [Geraldo Jr.] é um amigo, agora sou político. Ele está do lado oposto e hoje eu sou da base do prefeito Bruno Reis, tenho uma boa relação e, até quando Bruno continuar cumprindo os acordos dele, estarei do lado dele”, disse.

Confira a entrevista na íntegra: