Janio de Freitas cobra lei que proíba ministros de participar de eventos com interesses comerciais

Um evento que aconteceu em Londres, no luxuoso Hotel Peninsula, a poucos metros do Palácio de Buckingham, cujas diárias chegam a quase R$ 6 mil, virou destaque da imprensa nacional e também assunto no programa Três Pontos da Rádio Metropole desta quinta-feira (2).  O evento, que contou com a presença de autoridades do Judiciário brasileiro e do governo Lula, gerou um debate acalorado sobre a falta de transparência no financiamento de viagens e na divulgação das agendas dos ministros. O jornalista Janio de Freitas criticou a falta de uma lei que proíba a participação de autoridades em eventos de interesse comercial.

"O que está fazendo falta é uma lei que proíba a participação, internamente ou externamente, de qualquer autoridade dos três Poderes em evento que tenham alguma presença de interesse comercial", opiniou.

Freitas defende que quando há um interesse material, comercial ou de qualquer natureza deste tipo, deveria ser proibida a participação no evento. Para ele, a proibição não deve depender do patrocinado, porque isso permitiria que ela fosse burlada. "Participar de atividades acadêmicas, universitárias, sem remuneração alguma e sendo o evento de interesse meramente acadêmico, cultural, tudo bem. Agora há interesse material, comercial de qualquer grandeza nesse evento? Devia ser rigorosamente proibido", pontuou.

Após abordagens da imprensa nacional, o Supremo Tribunal Federal informou que não pagou passagens e diárias dos integrantes da corte que estiveram no evento em Londres e que só emite passagem internacional para ministros se eles forem da delegação do presidente. O Grupo Voto, organizador do encontro, assumiu ter custeado os gastos. A empresa, em 2022, às vésperas da campanha eleitoral, promoveu um almoço com Jair Bolsonaro (PL) para 135 empresárias e executivas no Palácio Tangará, em São Paulo.

Confira o programa na íntegra: