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Morte de John F. Kennedy completa 60 anos ainda cercada de mistérios
John Kennedy começou sua história política depois do ataque a Pearl Harbor, quando fez um treinamento para entrar na Marinha
Foto: Reprodução/CNN
Morria há exatos 60 anos um dos homens mais importantes de seu tempo. O presidente americano John Fitzgerald Kennedy. Ele foi presidente por pouco tempo, de 1961 a 1963, quando foi assassinado. Mas foram anos importantes para a história americana e do mundo, um curto período de tempo em que ocorreram a invasão da Baía dos Porcos, a crise dos mísseis de Cuba, a construção do Muro de Berlim, o início da corrida espacial, a consolidação do Movimento dos Direitos Civis dos Estados Unidos e os primeiros eventos da Guerra do Vietnã.
John Kennedy começou sua história política depois do ataque a Pearl Harbor, quando fez um treinamento para entrar na Marinha. Em 43, durante a Segunda Guerra, comandava um barco na área do Pacífico Sul, que foi atingido por um destroyer japonês que o partiu em dois. A tripulação, inclusive ele, nadou até uma ilha e sobreviveu até ser resgatada. Começava aí sua enorme popularidade. Foi deputado aos 30 anos e senador aos 36, pelo Estado de Massachussets, onde nasceu em 29 de maio de 1917. Aos 43 anos foi candidato a presidente pelo Partido Democrata, nas eleições de 1960, derrotando o republicano Richard Nixon. Eleito, Kennedy foi o último presidente americano nascido durante a primeira Guerra e o único não protestante: John Kennedy era católico.
Em seu discurso de posse, Kennedy falou aos americanos e às outras nações do mundo, pedindo que lutassem juntas contra o que ele chamou de "inimigos comuns do homem": a tirania, doenças, pobreza e a guerra em si, e disse uma de duas frases mais famosas: “Não perguntem o que seu país pode fazer por vocês - mas o que vocês podem fazer pelo seu país.”
Vindo de uma rica família irlandesa, John Kennedy casou-se com a novaiorquina de origem francesa Jacqueline Bouvier. A elegante família tinha ares de monarquia e retratava o apogeu de uma era marcada pelo clima de autoconfiança de um Estados Unidos pós-guerra. As promessas da era Kennedy eram muitas e incluíam nada menos do que a chegada do homem à Lua, o que acabou ocorrendo menos de 10 anos depois. O homem mais poderoso de sua geração teve casos extraconjugais famosos. Em sua lista, a grande estrela do cinema, Marilyn Monroe.
Como presidente, Kennedy conseguiu fazer prosperar a economia americana. Diminuiu as taxas de desemprego e aumentou a produção industrial. Ele também foi muito importante na consolidação dos direitos civis. Entre seus fracassos, lidera a lista a Invasão da Baía dos Porcos. Neste episódio, cubanos exilados de seu país foram treinados nos Estados Unidos para invadir Cuba e insuflar os cubanos e criar um levante para derrubar Fidel Castro. No entanto, Kennedy ordenou que a investida fosse feita sem o apoio da Força Aérea Americana, o que talvez tenha patrocinado o seu fracasso, além da total falta de apoio naval para destruir a artilharia da ilha, que facilmente matou centenas de exilados.
No ano de 1963 começava a corrida presidencial novamente. Kennedy estava de olho em sua reeleição, e decidiu fazer uma visita aos importantes estados do Texas e da Flórida. John e Jackie Kennedy entraram no carro aberto, junto com o governador do Texas, John Connally e sua mulher, Nathalie, saindo do aeroporto de Dallas, e seguindo em carreata até o local onde Kennedy faria um discurso em um almoço em sua homenagem. Mas ao passar pelo depósito de livros da Texas School, tiros foram ouvidos. Um deles atravessou a nuca do presidente e o governador Connally. Enquanto Jackie Kennedy tentava ajudar e entender o que tinha acabado de acontecer, o segundo tiro. Este atingiu Kennedy na cabeça. Os dois foram levados ao hospital Parkland, não muito longe dali, onde tentativas de ressuscitar o presidente americano foram realizadas em vão. Às 13h, Kennedy, 46 anos, foi declarado morto. O 35º presidente dos EUA tornou-se o quarto a ser assassinado durante o mandato no país.
Poucas horas depois de constatada a morte, em uma pequena sala do avião presidencial Air Force One, a juíza federal Sarah Hughes empossou Lyndon Johnson como presidente dos EUA. A cerimônia foi acompanhada por cerca de 30 testemunhas, incluindo Jackie Kennedy – cujo terninho cor-de-rosa ainda estava sujo de sangue.
O ex-fuzileiro naval Lee Harvey Oswald, funcionário da escola de onde teriam saído os tiros, foi preso imediatamente, acusado da morte do presidente, mas foi morto dois dias depois, o que cercou o fato de questões mal resolvidas.
Uma comissão foi criada por Lyndon Johnson para investigar o que realmente havia acontecido, a Comissão Warren, que concluiu que Oswald teria agido sozinho, mas também ela foi cercada de suspeitas. Entre as dúvidas, a polêmica teoria da bala única. Como um único projétil teria provocado 7 ferimentos em lugares diferentes em duas pessoas? Fato é que hoje, meio século depois, poucos acreditam que Lee Harvey Oswald tenha disparado os tiros que mataram o presidente americano.
Ainda em 1963, postumamente, o presidente Kennedy recebeu o prêmio Paz na Terra, em honra da encíclica do papa João 23, em que apelava a todas as pessoas de boa vontade para assegurar a paz entre todas as nações.
Escute a reportagem especial da Rádio Metropole na íntegra (confira aqui).
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