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Galípolo vai enfrentar resistência dentro do próprio BC, aponta economista

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Galípolo vai enfrentar resistência dentro do próprio BC, aponta economista

Economista e professora da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Simone Deos participou do Três Pontos desta quinta-feira (19)

Galípolo vai enfrentar resistência dentro do próprio BC, aponta economista

Foto: Reprodução/Youtube

Por: Metro1 no dia 19 de dezembro de 2024 às 18:57

Indicado pelo presidente Lula, Gabriel Galípolo assume a presidência do Banco Central, substituindo Roberto Campos Neto. Para a economista e professora da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) Simone Deos, o desafio do novo presidente será grande e um dos motivos é a resistência dentro do próprio BC a mudanças com perfil menos conservador. 

“Não é uma coisa simples, porque há muito interesse encastelado dentro do Banco Central. Nós formamos nas últimas décadas a elite do funcionalismo público, ou seja, funcionários concursados, de alto nível, sérios, mas que são neoliberais e isso está espalhado em todo a administração pública e também no Banco Central”, iniciou a economista no comentário feito durante o programa Três Pontos desta quinta-feira (19). 

Segundo Simone Deos, esse perfil de funcionário tem uma burocracia e um jeito de pensar e operar a política econômica muito específicos. “[Essa geração de funcionários] oferece resistências a um projeto que seja um pouquinho mais transformado. Um Banco Central que queira sair um pouquinho do script mais convencional, ele vai encontrar resistências não só do mercado, da política, mas ele pode encontrar alguma resistência internamente”, pontuou.

Apesar disso, a economista acredita que Gabriel Galípolo tem condições técnicas e política de operar bem o Banco Central. “Vai sofrer muita pressão de todos os lados? Está sofrendo. Não há nada para ser feito. Coisas importantes precisam ser feitas e pessoas que estão assumindo cargos fundamentais não podem se eximir dessa responsabilidade. Eu deposito aí uma moderada esperança de que a gente possa ter um Banco Central que não continue a institucionalizar um regime de taxa de juros pornográficas”, afirmou.

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