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Havia uma "grande promiscuidade" entre as empresas brasileiras e o aparato repressivo na ditadura, diz pesquisador
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Havia uma "grande promiscuidade" entre as empresas brasileiras e o aparato repressivo na ditadura, diz pesquisador
Edson Teles analisou, em entrevista à Rádio Metropole, a pesquisa entitulada "A responsabilidade de empresas por violações de direitos durante a ditadura"
Foto: Reprodução Rádio Metropole
Em entrevista à Rádio Metropole nesta sexta-feira (4), o professor de filosofia política da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, Edson Teles, comentou sobre a pesquisa "A responsabilidade de empresas por violações de direitos durante a ditadura", conduzida pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Segundo Edson, o estudo ilustra que as violações aconteciam em troca de benefícios econômicos. Na lista das empresas catalogadas estão Volkswagen, Fiat, Petrobras, Itaipu, Companhia Docas de Santos e Folha de S. Paulo.
“São diferentes formas de participação, mas o comum nessas empresas é uma grande promiscuidade entre o funcionamento da empresa e o aparato repressivo [..] Sempre havia interesses, como acionar instituições como Funai e Incra para alterarem mapas de terras indígenas e expandir negócios, em troca de entregar trabalhadores”, contou o filósofo.
A pesquisa foi iniciada no ano de 2021 e investigou atuação dos negócios em quatro regiões do país: Norte, Nordeste, Sudeste e Sul, demandando que a Unifesp organizasse uma rede de pesquisadores envolvendo outras instituições de ensino. No total, foram 60 pesquisadores, mais ou menos uma média de seis pesquisadores por empresas.
“Foram coletados os materiais que indicavam essa cumplicidade, e com isso foram demonstradas uma série de violações com diferentes graus entre as empresas e com também diferentes impactos aos seus trabalhadores e as comunidades no entorno”.
Confira a entrevista na íntegra:
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